Olhar Crítico

Olímpiada

Se na semana passada indiquei aqui a conquista da Escola Estadual Ester Eunice na edição de 2017 da OBIMEP (Olímpiada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas e Privada), hoje início os meus aforismas com a mesma temática, já que a referida unidade escolar atingiu índices significativos no segundo ciclo do ensino fundamental e conseguiu isso com outros três estudantes: André Luís do Prado Alves; Marlon Marin de Lima e Davi de Carvalho Sonsino. Todos receberão menção honrosa pelas significativas colocações na Olímpiada de Matemática deste ano. Estão de parabéns os professores de Matemática desses estudantes, a equipe gestora e pedagógica da escola que é pública!

 

Educação

É excelente iniciar a semana com notícias alvissareiras como as que constam no aforisma acima, principalmente para nós educadores e pais que observamos a educação como investimento e não custo, conforme pensam os governantes que administram nossas unidades federativas e o governo central a partir da anuência da população, sobretudo daquela parte que entende que entre investir na educação dos filhos e adquirir um automóvel escolherá o segundo. Mas ai é opção de cada um e, parafraseando o enciclopedista francês Jean le Rond D’Alembert (1717-1783), não concordo com a opção que fizestes, mas defenderei eternamente o direito de assim proceder. Eu, do meu lado aprendendo com a construção social de sujeitos sem muita cidadania, observo a questão sob outro prisma.

 

Arquibancadas

Deixando o universo educacional para outro momento e me enveredando pelo mundo da política local, me parece que o ex-prefeito, João Luís dos Santos (PT), conforme matéria publicada no INTERIOR em sua edição da última quinta-feira, 30 de novembro e, anteriormente enfocado aqui nesta coluna, tem lá seu calvário com a Justiça. Tudo por conta dumas arquibancadas que foram instaladas no Estádio Municipal “Tenente Carriço” para que um time privado de futebol da cidade pudesse figurar nas principais divisões do futebol paulista. Foi-se o tempo, a exemplo do que acontece com um goleiro que franga e fica com as penas nas mãos, o ex-prefeito e alguns de seus seguidores amargam agora o prejuízo, que é grande, já que por conta da decisão em Segunda Instância, todos os envolvidos na peleja tiveram seus bens materiais bloqueados.

 

Calvário

Esse caso, tendo como ator principal o ex-prefeito João Luís, me faz lembra situações vividas por outros ex-chefes de Executivos da nossa comarca. Quiçá os problemas em que estavam envolvidos, alguns deles publicados aqui no INTERIOR, conseguiram concluir suas gestões, mas depois foram acossados pela letra fria da lei. Claro que não é possível colocá-los no mesmo balaio, mas a lembrança ocorre só para evidenciar que as questiúnculas provenientes dos cargos que ocupam na chefia do Executivo não se encerram com o fim dos respectivos mandatos, mas que em caso de uso inadequado do dinheiro público, a legislação cobrará reparo dos gestores quando estiverem nas condições de ex-prefeitos.

 

Asfalto

Se as arquibancadas móveis estão trazendo dor de cabeça ao ex-prefeito petista e sua Corte, mesmo que ele entenda ser arbitraria a medida tomada pelo TJ (Tribunal de Justiça) do Estado de São Paulo conforme disse em matéria do INTERIOR, o mundo asfáltico promete vir a ser, como dizia Immanuel Kant (1724-1804), problemática para o atual prefeito. Todos sabem que, quando a coisa sai errada alguém tem que pagar o pato ou prendê-lo juntamente com gansos e outros marrecos. Pois bem, desta vez, a culpa pela buraqueira que ficou depois da implantação duma camada asfáltica no início de uma das principais ruas de acesso ao centro comercial da cidade, é do tempo. “Choveu muito, mas muito mesmo” e a força das águas levou o asfalto que tinha sido assentado naquela via para substituir os paralelepípedos e eliminar os sacolejos provocados pelo calçamento antigo daquela rua.

 

Historiando

Parafraseando o pensador alemão, Karl Marx (1818-1883), é importante compreender que, segundo ele, a história se repete: uma vez como farsa e outra como tragédia! Seguindo esse raciocínio, essa história de chuva levar asfalto, base que seria usada para construir ponte ou outras obras, não é novidade nenhuma nessas paragens que nos legou Maria Chica e hospedou a poetisa Cora Coralina. Entretanto, se fazem necessárias mudanças no cardápio de desculpas e reclamações, pois todos sabem que esse período do ano é propenso a chuvas e trovoadas, então, iniciar muitas obras pode significar descaso com o dinheiro público. Mas ai já não é mais comigo e sim com os eleitores e seus respectivos eleitos, mas enquanto isso, que tal a leitura do livro Controle social da administração pública: cenário, avanços e dilemas do Brasil, publicado pela Editora Acadêmica?

 

Municipalização…

Mas nem tudo são espinhos na atual administração municipal, principalmente se o prefeito cumprir mesmo a promessa de municipalizar o trânsito e de quebra criar a Guarda Municipal, pois recursos haverá advindos das multas de solo e o IPVA que retornarão integralmente ao município, isso se eu não estiver enganado e creio que não. É interessante notar que nos últimos 15 anos, começou governo saiu governo e nada de municipalizar o nosso trânsito, conforme prevê o CTB (Código de Trânsito Brasileiro). E olha que teve grupo político que perseguiu um prefeito com essa história, mas bastou assumir o poder central na cidade para engavetar tal ideia. Evidenciando que quando o governo era o outro, tudo podia, mas bastou assumir o poder para não poder mais. Coisas desse Brasil e essa plutocracia patrimonialista e escravagista: trindade social temperada com uma enorme gota de burocracia aristocratizada.

 

… Trânsito

Sendo concretizada a municipalização do trânsito, alguns afirmarão: “muitos tentaram, mas apenas um conseguiu”! É o que se espera, pois todos os transeuntes que pululam pelas ruas centrais da cidade tem consciência de que o trânsito está um caos, contudo, antes que se torne mais problemático do que se encontra, portanto, que a atual gestão consiga finalizar a municipalização, todavia, é preciso ter claro que se faz necessária a criação duma guarnição da Guarda Municipal, do contrário, o processo, pelo menos a partir da minha ótica, será inócuo. Todavia, como sempre afirmo, aguardemos as cenas dos próximos capítulos político de Penápolis. E-mail: gildassociais@bol.com.br, gilcriticapontual@gmail.com. www.criticapontual.com.br.

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