Opção
Em virtude do feriado constitucionalista de ontem, o INTERIOR não circula neste domingo, mas nem por isso os leitores dos meus olhares dominicais ficarão sem apreciar os meus aforismas, principalmente porque acredito que os mesmos não estão vinculados ao universo partidário do presente. Explico: muitos podem dizer que tenho opção nas eleições de Outubro e tendo a concordar com quem pensa desta forma, entretanto, como se diz no jargão popular, “voto é secreto”, então, jamais revelarei o meu, mesmo porque sou cientista social e não posso dizer que este ou aquele candidato é melhor do que seu adversário. Desta forma, o meu escopo semanal é somente o de oferecer aos leitores informações sobre os bastidores da política local, já que essa é a função do jornalismo, ou seja, de “publicar aquilo que alguém não quer que se publique”, conforme nos diz o escritor George Orwell.
Sentença
Dadas às devidas explicações, vamos ao que realmente interessa nessa manhã de domingo: a sentença que o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo – segundo instância – aplicou ao atual prefeito. A punição foi assunto nas rodas de bate-papo nesse sábado constitucionalista. É preciso ter claro que a constituição é clara, ainda mais seguida da lei 64/90, a chamada lei da inelegibilidade. E olha que não são proselitismos deste colunista, como muitos políticos querem fazer os leitores acreditarem, mas apenas a letra fria da lei. Não é novidade para ninguém que externo aqui minhas análises por conta da inelegibilidade do atual chefe do Executivo em virtude de problemas ocasionados quando este presidia a Câmara Municipal e um duplo recebimento dos valores que ganhava na condição de presidente do Legislativo. Se isso é fato, vamos ao que apontou e sentenciou o egrégio Tribunal de Justiça – para aqueles que ainda não têm conhecimento, órgão colegiado de segunda instância, portanto, uma sentença desfavorável, significa que o postulante a reeleito prefeito pode não conseguir o registro de sua candidatura. Sendo assim, a lei deve prevalecer sempre!
Deserto
Fiquei imensamente feliz porque não estou pregando só no deserto, quando o assunto é esclarecer a população sobre os imbróglios que o atual arauto do PSDB penapolense tem na Justiça! Ao que tudo indica, um blogueiro publicou, depois do site do Tribunal de Justiça, a decisão desfavorável aos interesses do atual mandatário – tornar-se prefeito reeleito – e em seguida um jornal regional trouxe o assunto na sexta-feira, dia 08 e com repercussão em sua edição de ontem – dia constitucionalista. O destaque deve ser dado ao fato de que o prefeito ocupou-se em propalar que o episódio seria explorado pelos adversários políticos, quando na verdade a questão não é essa e sim a condenação que o mesmo recebeu de um órgão colegiado da Justiça! Desta forma, independentemente se o tema seria ou não usado como fermento de disputa eleitoral, o caso é muito simples: a sentença existe e, mesmo que o chefe do Executivo recorra, terá dificuldades para registrar a sua candidatura. Simples assim!
Bastidores
Mas ai não é com este colunista, mas sim com a Justiça Eleitoral, conforme ele ressaltou, contudo, o povo tem que saber que o que se passa nos bastidores do “reino da Dinamarca” – como se diz no jargão popular. O TJ seguiu o que o TCE apontou e ainda acrescentou que o fato de o mesmo ter devolvido os valores recebidos duplicados não elimina o dolo, pois o ressarcimento só foi feito após a observação do Tribunal de Contas do Estado. Apenas esse detalhe já faz com que o atual prefeito tenha dificuldade em conseguir alterar a sua situação diante do Tribunal Regional Eleitoral, conforme já apontei aqui outrora, objetivando apenas esclarecer aos leitores dos meus aforismas. Sendo assim, fica-me uma pergunta: como é possível votar em alguém que se quer conseguirá registrar a sua candidatura e, se isso ocorrer, será escudado por uma liminar que poderá não sobreviver ao julgamento do mérito? A pergunta se estrutura no fato de que perguntar ainda não ofende e também não dá margem a processos na Justiça, como é muito comum em tempos de política, os candidatos, quando são acossados por perguntas que não tem respostas, ameaçarem o interpelante com processos aqui e ali!
Pós-pré-candidatura
Bom! Todos já sabem, portanto, então não vejo a necessidade de ficar repisando o episódio, portanto, me parece que a questão agora é outra, isto é, pós-prefeito, ou melhor, pós-candidatura ou quase isso, mesmo porque a convenção partidária não foi marcada, até onde este colunista sabe, entretanto, os ventos afirmam que o vice do atual prefeito, numa disputa à sua sucessão, seria o ex-vereador Carlos Alberto Feltrin, peemedebista – o todo protegido da alta cúpula do PT que viu suas tentativas eleitoreiras naufragarem, pois a nau bateu num iceberg maior do que aquele que afundou o Titanic [cargos] – seria o parceiro do arauto do PSDB local. Até ai nada de mais, já que são coisas da política, mas como fica o PMDB depois de ensaiar a dança da vitória e o regente, desafinar os arranjos, e a rabeca estar sem cordas? Novamente, reitero, não é com este colunista e sim com os homens palacianos que vendem goiaba achando que todos vão degustar goiabada, mas ao abrir o pacote, nem doce de cidra é, mas apenas promessas vãs.
Racionalidade
Diante dos fatos, não adianta os defensores, ou melhor, os asseclas de um tipo de governo que agora propala programa de governo, entretanto, uma análise racional aponta que não se tratou de programa pessoal de poder, escudado na verborragia, segundo a qual, sempre se almejou ser prefeito de Penápolis, cuja administração deixa a desejar, pois, conforme informações extraoficiais que chegaram até este colunista, até mesmo parte da proposta orçamentária para 2017 está comprometida com promessas ocas, só resta dizer ao PSDB que repense o candidato enquanto é tempo, mesmo porque o presidente municipal da legenda, Benone Soares de Queiroz, o Benoninho, declinou de ser o parceiro do atual prefeitável, porém, sem condições jurídicas, até o momento para almejar o posto para mais quatro anos.
Exoneração
Por questões orçamentárias, ventos que sopram do lado de lá do córrego Maria Chica dão conta de que a funcionária de carreira, Maria Emília que foi secretária de Finanças durante os oitos anos do mandato do petista João Luís dos Santos (PT) – que, aliás, guardou as suas ferramentas políticas e não participará diretamente do pleito de 2016 – não é mais a titular da pasta. O motivo, conforme consta, seria a utilização da reserva que vinha sendo feita, até o momento para o pagamento do 13º do funcionalismo público, para pagamento de fornecedores. Até ai, me parece tudo dentro dos conformes, pois o chefe do Executivo já havia dito outras vezes que os servidores públicos não garantem vitória eleitoral – então para que ocupar-se com o 13º? Se isso procede, e, aí não posso e nem quero afirmar, mas a coisa tá complicada, pois se a chefe do cofre caiu é porque tem algo de podre no atual reinado, cujo rei pretende ficar mais quatro anos no assento principal da Corte penapolense.
Rusgas
Não é de hoje as rusgas nos bastidores do atual governo. Primeiro, a, até onde se sabe, ex-secretária se engalfinhou com o titular da basta de educação, José Carlos Pansonato, por problemas financeiros. O primeiro pediu para sair, mas, pensou e, atendendo ao canto da sereia entoado pelo centro do poder, resolveu ficar. Até ai nada de mais. Agora, a pendenga foi com o próprio prefeito e, entre ficar com ele, ou melhor, abraçar suas propostas populistas e eleitoreiras, e os funcionários – destaca-se de passagem que ela é servidora de carreira – Maria Emília optou pela categoria e abandonou o barco, voltando para o seu assento.
Desconhecimento
Desavenças à parte, o que me deixa boquiaberto é o fato de a sociedade não saber dos acontecimentos nos bastidores da política local, e o atual prefeito propalar que tudo vai bem quando o assoalho, que dá sustentação ao seu governo está sendo devorado pelos cupins, conforme o Tribunal de Justiça apontou em sua sentença divulgada aqui na cidade, mas o arauto do PSDB dizer que tudo pode ser modificado no STJ (Superior Tribunal de Justiça) ou, quem sabe, no STF! Mas, o poder é do povo e a este será devolvido em Outubro. Será que este cairá novamente no canto da sereia? E olha que reduzir 64% de rejeição não é tarefa fácil, usando apenas com microfone e fotos.
Substitutos
Bom! Ao que tudo está indicando, o chefe do Executivo não conseguirá cravar o seu registro eleitoral! Se isso ocorrer, o que acontecerá com o seu PSDB? Ficará acéfalo nessa eleição? Informações que chegaram até este colunista apontam que está sendo gestado outro plano B, já que a dobradinha Tudinha/Nardão Sacomani entrou água. Alguns correligionários do atual alcaide apostam suas fichas na roleta russa que será conduzida pelo homem forte do Solidariedade, o advogado e pastor Rubens Bertolini, tendo como vice, Carlos Alberto Feltrin. Se for dessa forma, a dupla, me parece, será novidade, contudo, carente de experiência política no trato com a coisa pública. Aguardemos!
Mercadoria política
Mas ai já não é comigo e sim com o cidadão que terá mais uma dupla mercadológica na prateleira eleitoral. Em conversa com pessoas de dentro do PT local, ficou definido que o enfermeiro Adão – presidente do diretório petista -, conhecido como Adão Enfermeiro abraçará a espada que reconstruirá o Partido dos Trabalhadores em Penápolis. Isto é, aceitou a proposta da ala mais a esquerda do partido e sairá como candidato a prefeito, tendo como vice, o atual vice-presidente do diretório Evandro Henrique Moreira – cotado para diretor do Daep num futuro governo de Caíque Rossi. Este me confirmou colunista que havia um namoro entre PT e PSD, mas alguém se esqueceu de levar a alianças no momento da confirmação do noivado. Sendo assim, de acordo com os ventos que chegaram até o meu ouvido, aqueles indivíduos que articulavam parceria aqui e ali objetivando cargos numa futura estrutura administrativa terão que continuar com o que tem, ou ficarem esperando o navio do poder ancorar no porto, como aqueles portugueses que acreditavam na volta de D. Sebastião, após batalha vitoriosa no interior do continente africano – dai a expressão “ficar a ver navios”. Mas, como em política tudo pode acontecer, esperemos o trebelhar eleitoral de logo mais Outubro. E-mail: gilbertobarsantos@bol.com.br, social@criticapontual.com.br. www.criticapontual.com.br.
Se não fosse muito triste para Penápolis a situação seria cômica. Os candidatos apresentados até agora dispensam comentários. ..tomara que apareça uma opção realmente séria e considerável..quanto aos vices, tem dó. ..um que quer o cargo de vice de qualquer maneira, passa por cima de partirdo, de fidelidade, de ideologia, de compromissos supostamente assumidos, o que quer na verdade é um cargo público que resolva seus problemas…o outro que se conhecesse até agora a pouquinho tempo transitava em seu carrão branco todo belo em animado papo no celular em completo desrespeito as leis, verdadeiro exemplo das “autoridades ” de nosso país. .É não é a primeira vez que vejo isso não. .É quer ser vice…vamos aguardar, dizem que Seus é brasileiro, por quê não penapolense?
Bom dia minha cara Elaine, primeiramente quero agradecer a leitura que fez dos meus aforismas aqui no site Crítica Pontual. Em segundo, a questão dos postulantes aos cargos de prefeito e vice.. eu só tenho a dizer, na condição de cientista social, que o poder é do povo e ele deve exercê-lo plenamente… Desta forma, a questão diz respeito à ausência de cidadania e participação política do brasileiro, transformando a nossa democracia numa espécie de atividade delegada, ou seja, o indivíduo deixa tudo nas mãos de seus representantes, desde que estes lhes garantam pão e segurança.