Olhar Crítico

Política

Após um breve interregno que, para muitos pode parecer um século, enquanto para outros um conciso intervalo entre um aforisma e outro, eis que retomo meus olhares quase que críticos, contudo sempre dominicais. A ideia, assim como foi desde o princípio, ou seja, usar o verbo, a escrita, os adjetivos e demais substantivos, é sempre no intuito de fazer com que os leitores tentem se conscientizar, principalmente no âmbito da política, daí a nomeada desse primeiro fragmento deste mês de julho.

 

Participação

Todos devem ter claro que a democracia só é possível se vier acompanhada de sua irmã, a política que será sempre exercida pelos cidadãos conscientes de que o universo da polis, isto é, da cidade, só pode progredir se todos participarem. Desta forma, creio que quanto mais ativos forem as pessoas, maiores serão as chances de não serem escolhidos charlatães para governar a sociedade em prol da coletividade que paga seus tributos, impostos e demais taxas para que serviços essenciais às pessoas sejam oferecidos com qualidade. O problema se torna gigante quando os indivíduos delegam muito na esfera pública, se voltando tão somente para o mundo privado e aí, o resultado todos já sabem. Pensemos então, eu e tu, oh caro leitor!

 

Sucessão

E já que a temática está no mundo da Polis, ou melhor, da política, é importante olhares, caros leitores, com a devida acuidade para o cenário penapolense. A cidade, a exemplo do que acontecerá em mais de 5.400 municípios brasileiros, escolherá em outubro do próximo ano o sucessor do atual prefeito Caíque Rossi (PSD). De acordo com informações colhidas por este colunista, a cúpula do diretório do PT local trabalha com o nome da vereadora e professora aposentada Jandineia Aparecida dos Santos Fernandes para disputar a vaga na Prefeitura. Na atual legislatura ela ocupa o cargo de 1.ª secretária na Mesa diretora na Câmara Municipal. O nome da educadora ecoa bem entre os profissionais do segmento pedagógico de Penápolis, entretanto, segundo informações do ex-prefeito João Luís dos Santos (PT), a legisladora não estaria propensa em disputar a sucessão de Caique Rossi.

 

Chapa

Ao ser interpelado se o Partido dos Trabalhadores local estaria propenso a lançar chapa puro-sangue, como se diz no jargão popular, isto é, com candidatos a prefeito e vice, João Luís informou que inicialmente o projeto do PT é fazer parceria com outra legenda, inclusive que o postulante seja oriundo, por exemplo, do setor empresarial da cidade. Quem seria o predestinado? Como perguntar não ofende, ainda mais sabendo que a ferramenta mais importante no universo filosófico, poderia ser o atual presidente da Câmara, Ivan Eid Sammarco (União Brasil) ou ainda o vereador Edson Bilche Girotto, o Batata da Pizzaria (PSDB)? Claro que, por estarmos na transição do primeiro para o segundo semestre de 2023, muita água pode passar embaixo da ponte, portanto, são meras especulações, até porque tudo precisa ser confirmado nas convenções partidárias que acontecerão em 2024.

 

Postulantes

Para a vereança, como em pleitos anteriores, haverá um rol expressivo de candidatos. Há vários fatores para que a quantidade de desejosos a ocupar um assento na Sala Pereira Filho, entre eles, o financeiro é, talvez, o principal vetor que conduz os anseios desses aprendizes a legisladores. É interessante notar, quando o momento aprazado chegar, quanto desses candidatos vieram dos chamados Conselhos Comunitários. Também é significativo salientar que alguns dos políticos que foram rechaçados na eleição passada, desejarão retornar para o quadriênio 2025-2028, resta saber se esse será também o desejo do eleitorado. Aguardemos os trebelhares das nuvens ideológicos-partidárias para narrarmos novos aforismas.

 

Pautas

Uma coisa é certa: a última eleição presidencial ditará a tônica dos debates, inclusive com as chamadas pautas conservadoras ou de costumes. Normalmente as pessoas têm por hábito confundir o que é público com o privado, o que é ser conservador e ser um reacionário com crachá e tudo. Mais doido ainda é quando alguém se coloca na condição de liberal, mas deseja o Estado máximo, ou melhor, um Estado que defenda apenas seus interesses, o que é bem típico de uma Nação como a nossa, escudada no trabalho não pago, para não dizer escravagista e numa ordem estamental. Não vou me deter nesse quesito, mas quem acompanha meus aforismas dominicais, sabe muito bem como meus olhares enfocam essas questões.  

 

Trânsito

Outro dia li em algum lugar da imprensa penapolense que um vereador solicitou estudos para viabilizar a criação de uma Guarda Municipal na cidade. Essa é uma discussão antiga, vamos dizer de quase duas décadas, pois de acordo com o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), os trânsitos das cidades brasileiras deveriam ser municipalizados e para que a fiscalização de solo e outras sinalizações, bem como o cumprimento dos dispositivos que fazem parte daquele código, os municípios deveriam criar a Guarda Municipal e os recursos para a sua manutenção do órgão viria das aplicações de multas e do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores). Já imaginaram, meus caros leitores, se isso acontecesse e vários automóveis que trafegam pelas nossas ruas, contudo, com emplacamento de outros estados? O que diriam seus proprietários? Sem mais para este domingo. No próximo tratarei da criação da APL (Academia Penapolense de Letras). E-mail:   gilcriticapontual@gmail.com, d.gilberto20@yahoo.com. www.criticapontual.com.br.

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