Olhar Crítico

Cidadania

Começo meus olhares dominicais parabenizando a Policial Militar, Ana Cláudia Pereira Domingos, pela outorga que a Câmara Municipal vai, em breve, lhe conceder, tornando-se Cidadã Penapolense. A honraria se deve aos trabalhos que a militar vem realizando em nosso município no que diz respeito à prevenção ao universo dos entorpecentes e substâncias psicoativas. Seus serviços são fundamentais para que as crianças de hoje não se tornem adultos refém do mundo das drogas e do crime. Já há algum tempo a PM atua no Proerd (Programa de Resistência e Combate às drogas e a Violência) que a Polícia Militar do Estado de São Paulo promove com o intuito preventivo.

 

Prevenção

Desta forma, a concessão, aprovada pelo legislativo, está bem fundamentada, pois todos sabem o quão árdua é a tarefa daqueles que se propõem a regatar crianças, adolescentes e jovens que se são cooptados diariamente pelo mundo das drogas – não somente do ponto de vista do consumo, mas e, sobretudo do tráfico dessas substâncias. Esse tipo de crime vem aumentado em nossa sociedade, o que tem preocupado as autoridades, não somente aquelas que atuam na punição, mas também àquelas que se dedicam à prevenção como a policial Ana Cláudia. Cabe destacar aqui também o serviço prestado pela Associação Unidos pela Vida que, por intermédio do programa “Ainda é tempo”, trabalha para evitar que menores egressos da Fundação Casa não reincidam nas práticas delituosas. É importante ressaltar que, dos adolescentes assistidos pela entidade, a maioria ingressou no mundo do crime através do consumo e comércio de drogas.

 

Conseg

E já que a temática é combate às drogas e a violência, de um modo geral, informo aos meus leitores dominicais que o Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) de Penápolis realizará na próxima terça-feira, 13, a partir das 9h, a sua reunião mensal. O encontro que acontecerá na Avenida Cunha Cintra, 452, tem, inicialmente três eixos temáticos: animais nas pistas e os acidentes que provocam; a problemática envolvendo a mobilidade urbana da cidade; questões alusivas aos índices de criminalidade em Penápolis. Os assuntos são pertinentes a todos os penapolenses, portanto, é de extrema relevância a participação efetiva dos cidadãos e dos políticos, vereadores e o prefeito, pois os ocupantes do legislativo e do executivo ai estão por dizerem-se defensores dos interesses da coletividade, então, é o momento de aparecer e não deixar que os patos paguem sempre o pato!

 

Júri

Deixando as questões alusivas ao universo da segurança com as autoridades e os munícipes interessados em debater essa problemática e adentrando em outra esfera dessa mesma área, qual seja: o da prevenção, na qual uma das linhas de atuação é justamente o âmbito educacional, informo os meus leitores que amanhã, nas dependências do Colégio Futuro acontecerá uma atividade pedagógica de extrema relevância para os discentes daquela escola. Trata-se do julgamento de Capitolina de Pádua Santiago, a “Capitu”. Ela foi acusada pelo seu marido, o advogado Bento Santiago, o “Bentinho” de adultério. O crime teria como protagonistas, além da mulher, que cresceu no bairro carioca de Matacavalos, Escobar amigo do ciumento Bentinho. De acordo com os autos processuais, a prova da traição seria Ezequiel, o filho do casal, mas que o marido desconfia não ser seu.

 

Adultério

Afinal: Capitu traiu ou não seu esposo e amado desde a infância, Bentinho? Essa interpelação ronda o universo literário desde que o romance Dom Casmurro foi lançado em 1899 pelo seu autor, o escritor polifônico Machado de Assis. Essa dúvida tem ventilado várias discussões, trabalhos científicos e livros publicados aqui no Brasil e no exterior e é justamente sobre ela é que os estudantes dos nonos anos e do primeiro colegial do Colégio Futuro debaterão nesta segunda-feira. O “julgamento” será coordenado pelo professor de Literatura e Língua Portuguesa da escola, Rodrigo Santiago. Este colunista, na condição de pesquisador da obra machadiana, também comparecerá ao evento. Mas e você caro leitor, o que acha? Houve mesmo adultério na enunciação enigmática composta por Machado de Assis no final do Brasil Oitocentista? Para responder a essa interpelação, eu vos convido a percorrer – se já fez isso, eu acredito que uma nova leitura seja importante – os 148 capítulos que compõem esta enunciação.

 

Água

Mudando de pato para ganso, como se diz no jargão popular, eu não poderia deixar de debruçar-me, ou melhor, compor algumas linhas sobre a questão do reajuste de água proposto pelo conselho do Daep (Departamento de Água e Esgoto de Penápolis). Ainda mais agora em que estou realizando pequena pesquisa sobre o populismo e seus desdobramos na chamada pós-modernidade, isto é, nas esferas econômicas, educacionais e políticas. A minha preocupação reside no fato de que este fenômeno, tido como sendo tipicamente latino-americano, avança pelo chamado “primeiro mundo” e nações de alto padrão democrático, como os Estados Unidos e países europeus – o Velho Mundo. Sendo assim, ao que tudo está indicando, a querida Penápolis não escapou de viver e ter lampejos de práticas muito próprias do Brasil de ontem e também da Argentina.

 

Antipopular

Se isso é fato, tentarei ater-me a ele, começando por uma interpelação: por que o atual prefeito não autorizou o reajuste da água no ano passado? É preciso ter claro que em 2016 tínhamos eleições municipais e uma medida dessas seria classificada como antipopular e, todo aquele que quer manter-se no principal assento duma cidade, jamais iria anunciar uma “maldade” dessas com o seu séquito de eleitores. Portanto, deixe a água rolar – como diz o adagio popular – e depois de transposto o pleito eleitoral verificar-se-á como as coisas se ajustam. Isso foi cá ou não? Creio que sim e não é pratica apenas daqui, conforme o jornalista Ricardo Westin nos apresenta em seu livro A queda de Dilma. A enunciação mais detalhada pode ser encontrada no segundo capítulo desta obra: Não cumpras as tuas promessas. Uma espiadela lá não tem como deixar de olhar aqui em Penápolis. Mas e ai: reajusta ou não reajusta os valores da água no que tem que ser ampliado os valores? Ou vai contemporizar para não ficar como o proprietário do “saco de maldades” que se assemelha a Pandora, personagem mitológica do mundo grego que abriu a caixinha e espalhou os infortúnios pela humanidade? Aguardemos as cenas dos próximos capítulos da água reajustada, porém, viva, seguido das esmeraldinas. E-mail: gilbertobarsantos@bol.com.br; social@criticapontual.com.br, gilcriticapontual@gmail.com. www.criticapontual.com.br.

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