Repercussão
Na última coluna publicada aqui no site www.criticapontual.com.br, ou seja, na segunda-feira, 25 de janeiro quando a cidade de São Paulo comemorava seu natalício, o assunto principal foi a observação publicada nas páginas sociais da Internet e tecidas pelo ex-administrador hospitalar da Santa Casa local, Roberto Nogueira Bastos. Naquela ocasião e quem leu aqueles aforismas sabe do que se tratou, a questão girou em torno duma portaria federal descredenciando o hospital do programa Pró-SUS. Além dessa informação, coletada junto a Bastos, reproduzindo outras opiniões daquele administrador, com especialização na UEL (Universidade Estadual de Londrina), haviam outras críticas endereçadas ao chefe do Executivo.
Resposta
Como o interventor político e jurídico – se eu não estiver enganado -, foi o atual prefeito da cidade, este colunista, de acordo com o que prevê a alínea V do artigo 5º da Constituição Federal, segundo o qual “é assegurado o direito de resposta, proporcional a agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem”, conversou com o chefe do Executivo sobre aquelas opiniões do ex-funcionário e reproduzida via meus “olhares” aqui neste espaço. Todavia, antes que eu pudesse dar voz ao alcaide, conforme os preceitos constitucionais prescrevem, ele passou a versão dada a este colunista aos leitores de sua coluna “Jogo Aberto” que foi publicada ontem no INTERIOR. Até tudo certo, sem problema nenhum e acho que ele tem que fazer isso mesmo, entretanto, pelo que pude ver, ficou deslocada, mesmo porque o assunto foi ventilado aqui na coluna virtual. Entretanto, como não tenho escopo nenhum em emitir juízo de valor, sentenças ou acusações nos meus aforismas, mesmo que alguns tentem descaracterizá-los objetivando ideologizá-los para, quem sabe talvez, apresentar um contraponto aos fatos analisados sob a perspectiva sociológica, não vejo equívoco algum.
Desqualificou
O prefeito desqualificou a informação e as críticas feitas por Roberto Bastos, segundo as quais a Santa Casa não passará de abril, isto é, deixará de atender depois dessa data! Segundo o gestor, talvez ele esteja dizendo isso porque possa entender de fechamento – alusão ao fato de que a última intervenção foi realizada em virtude de a Santa Casa estar funcionando precariamente ou simplesmente paralisada, como o prefeito afirmou. No que tange ao programa que a entidade foi descredenciada, este me informou que não foi só Penápolis que deixou de participar do projeto, mas outras tantas cidades, cujas Santas Casas passam pelo mesmo problema que a nossa, também perderam o credenciamento. Além disso, como deixou claro nos aforismas publicados no “Jogo Aberto”, o chefe do Executivo jogou a responsabilidade sobre o governo federal que tinha, em seu entender, que perdoar todos os déficits das Santas casas, a exemplo do que “fez para os clubes de futebol”.
Dificuldades
Quanto à questão financeira periclitante do hospital, o prefeito informou que isso é uma situação normal, ou seja, as dificuldades orçamentárias do hospital, e que a situação irá se normalizar com muito trabalho. Reiterando o que publicou em sua coluna onde enfatizou veementemente que se não fosse a prefeitura – ai, entendo tratar-se do falar de si na condição de alcaide penapolense desejo a muito acalentado -, o hospital estaria fechado há muito. A minha dúvida é que tempo está sendo matizado em sua fala: seria o encerramento das atividades desde a última gestão que permaneceu no poder 96 meses e, ao que tudo indica a administração da entidade foi devolvida à Irmandade, ou no começo da sua gestão? Fica ai a pergunta, entretanto, obviamente a resposta não cabe a esse simples colunista que tenta, aos trôpegos, levar informação aos seus leitores.
Multa
E já que a temática é o prefeito, me parece que o ano começou complexo lá pelas bandas do principal assento da cidade. De acordo com blog Porra Prefeito!, o alcaide foi novamente multado por determinação do TCE (Tribunal de Contas do Estado) – órgão colegiado para fins de lei da ficha limpa. O motivo da pena estipulada em 20 UFPESs (Unidades Fiscais do Estado de São Paulo) é escudado no não envio de justificativas às cobranças feitas pelo Tribunal de Contas no que tange aos apontamentos que o órgão fez sobre supostas irregularidades encontradas na contratação de uma empresa que faria o “serviço de capinação e limpes de áreas públicas” de Penápolis, conforme o blog registra. Os dados sobre a sentença podem ser encontrados no Diário Oficial do Estado de São Paulo em sua edição de sábado, 23 de janeiro de 2016.
Reunião
Parece-me que na tarde de antes de ontem, ou seja, terça-feira ocorreu uma reunião política no escritório do advogado e vereador Rodolfo Valadão. Conforme uma fonte deste colunista, participaram do encontro os três legisladores do PROS, Lucas Casella, Jonas Chamarelli, “do Povo”, o próprio Valadão, o procurador-jurídico da Câmara, Márcio Reis que pertence à cúpula partidária e o ex-presidente da Câmara, o pré-candidato a prefeito, vereador do PSD, Caíque Rossi. Há quem acredite que ali no encontro do quinteto havia um início de acordo em que o PROS fecharia questão em torno do nome do arauto do PSD local em direção à disputa pela sucessão do atual prefeito que migrou do PSD para o PSDB, provocando um racha em sua base aliada e essa reunião sacramentar isso. Mas deixemos isso lá com os homens públicos e políticos que almejam continuar com seus assentos em nossa Câmara Municipal a partir de 2017, todavia, é preciso enfrentar a fúria das urnas, pois o eleitor está se transformando em cidadão de fato e não vai acreditar e verborragias palanquais e promessas ocas e que se fez isso e aquilo.
Retorno
Por fim, o último aforisma desta quinta-feira: os trabalhos no legislativo penapolense voltam a partir de segunda-feira, 01, assim como no plano nacional, a Câmara local terá um tema espinhoso para que os vereadores expliquem a sociedade, já que a problemática foi tema dum jornal de circulação regional. Qual seja, a sessão extraordinária-relâmpago, ou, melhor dizendo, a blitzkrieg contra a solicitação feita pelo sindicalista Cristiano Alves para que supostos atos irregulares cometidos por um vereador que também é funcionário público na dupla jornada: de representante do povo e servidor da administração municipal. Caso semelhante já foi registrado em nossa cidade com ganho de causa à população, entretanto, novamente os vereadores, de afogadilho, conforme apontei em artigo publicado no INTERIOR na véspera natalina de 2015, rechaçaram o exercício da cidadania. Fico por aqui, na próxima, trarei mais alguns “olhares” sobre a cidade de Barbosa e a área social de Penápolis. E-mail: social@criticapontual.com.br.