Educação
Achei significativas as informações contidas no artigo Os games em sala de aula, de autoria do secretário estadual de educação, José Renato Nalini. O texto foi publicado aqui no INTERIOR na edição da última sexta-feira, 26 de fevereiro. Em meu ponto de vista, o conteúdo é alvissareiro por vários motivos: primeiro por ser educador e estar vivenciando o mundo em constante revolução tecnológica. Ou seja, deixando o universo das máquinas manuais – os antigos teares -, passando pela era analógica e agora dentro do contexto digital. Conforme o secretário aponta: não tem como voltar e quem ficar parado, como poste, irá se tornar obsoleto.
Digital
Contudo, não é porque se vivencia a era digital, que o material humano está dispensado da tarefa de fornecer conteúdo e direcionar os estudantes. Pelo contrário, o papel do docente passa a ser mais significativo ainda, pois o ofício não é fazer profissão de fé ou propalar ideologias como temos visto constantemente em alguns profissionais, mas fazer a ponte entre a informação e o ser receptor, verdadeiro detentor do saber, isto é, a quem se dirige a informação e como a mesma pode ser instrumentalizada no cotidiano. Por exemplo, é comum ouvirmos a pergunta: para que serve isso? Em que momento eu utilizarei este conteúdo em minha existência? Duas interpelações que devem ser respondidas a contento, do contrário, além de não compreender nada do que está sendo ministrado, o estudante pegará aversão a determinados assuntos.
Reflexões
Desta forma, o que nos traz o texto do secretário estadual de educação é uma oportunidade para reflexões sobre os games educativos e suas finalidades e não finitudes. Neste ponto, ingresso na minha outra esfera existencial: a de pai, e acho que de muitos dos meus leitores que podem estar preocupados com a interação que seus filhos têm com o universo virtual e online. Conforme Nalini diz, os jogos não provocam estagnação nos apreciadores de games. Pelo contrário, se bem direcionados, e ai entra o papel dos pais associados aos dos docentes, podem ser significativos no aprendizado dos filhos.
Games
Sendo assim, o estimulo é alvissareiro e neste sentido, como já divulgado na época, dois estudantes do Colégio Futuro/COC apresentaram um game educativo que alia Geografia e os riscos de uma explosão nuclear atrelado ao conteúdo de bactérias (Biologia). O jogo foi apresentado em duas ocasiões: a primeira demonstração foi na Feira de Ciência do colégio em 2014 e a sua finalização na edição do ano seguinte da mesma escola (2015). O feito dos dois adolescentes, Miguel Francisco Minotti dos Santos e Gabriel Fernandes Baio, não passou despercebido pela Câmara Municipal que, por intermédio do vereador Joaquim “da Delegacia”, outorgou-lhes uma “moção de congratulação” pela empreitada. Parabéns aos dois estudantes que continuam firmes na toada educacional e também à direção da escola e aos dois professores envolvidos na empreitada.
Profissão
E já que a temática deste domingo é o mundo educacional, e como dizia Rui Barbosa, um país se faz com homens e livros, tendo a crer que uma sociedade só caminha quando investe pesado no setor, contudo, é preciso que o cidadão faça sua parte. Neste sentido, a FASSP (Faculdade de Saúde São Paulo) – unidade penapolense do grupo UNIESP -, que oferece dois cursos superiores, Fisioterapia e Enfermagem, realiza amanhã mais um processo seletivo para os penapolenses e moradores das cidades que formam a nossa comarca. As duas áreas são significativas, pois com o aumento da longevidade dos cidadãos, os profissionais formados através dos dois cursos são requisitados, justamente porque se deseja viver mais, contudo, com qualidade de vida. Então, o momento é esse para se preparar e se tornar esse profissional tão requisitado na atualidade. Portanto, fazer um dos dois cursos não é despesa e sim investimento.
Investimento
Conheço a realidade das duas instituições de ensino citadas aqui: o Colégio Futuro e a FASSP e posso afiançar o que expus no final do aforisma acima: quando a educação é vista como investimento, o resultado só poder esse: qualidade de vida para todos os envolvidos no processo. No caso da escola secundarista de bandeira pedagógica COC, os pais são cônscios disso, tanto é que a unidade é a maior em quantidade de alunos: passa das seis centenas e a segunda, de ensino superior, desde a sua criação, há uma década, vem formando profissionais da área de saúde que atuam com exímia competência, inclusive com monografias cujos resultados podem ser aplicados no cotidiano das pessoas. Por exemplo, a ex-aluna da FASSP, Luana Vieira, que hoje é professora na unidade, elaborou monografia abordando a presença do Fisioterapeuta no PSF (Programa Saúde da Família) e durante a defesa do trabalho, o ex-prefeito João Luís dos Santos (PT) fez parte da banca examinadora.
Política
Deixando o universo educacional para outro momento, e como não poderia deixar de ser, passo ao mundo da política local. E só para ficar na mesma seara, os bastidores continuam fervendo e o que é bom, pois quem se atentar para os fatos, tem condições de definir o seu voto em outubro. É importante ressaltar que este colunista não externa aqui – seja através dos Olhares dominicais ou nas reflexões de todas as quintas-feiras – a sua preferência. Seria um desserviço à cidadania dizer ao indivíduo que lê as linhas confeccionadas semanalmente que fulano é bom em detrimento de beltrano. As minhas reflexões escuda-se no âmbito profissional e no desejo de ver o Brasil diferente do que é, ou seja, que o futuro em que os nossos filhos serão adultos seja diferente do presente, e isso só será possível se os eleitores tiverem consciência da importância do papel que exercem.
Politicagem
Desta forma, não basta o candidato ficar vociferando que fez isso e aquilo ou, que passou três décadas ajudando a sociedade e que agora é a vez do cidadão devolver o auxílio que recebeu. Entendo que quando se presta auxílio ao semelhante, à ação deve ser vista como gesto altruísta e não forma de se fazer politicagem, como se observa nos últimos tempos. Neste sentido, é que não entendo o silêncio sepulcral de determinados secretários do atual prefeito no que diz respeito ao reajuste salarial dos servidores. No passado se vociferava aos borbotões nas assembleias dos funcionários, porém, o prefeito era outro e tratava-se de demarcar território ideológico, contudo, bastou ser governo para detratar vereadores que defendem o lado dos servidores. Sendo assim, os três vereadores, Ricardinho Castilho (PV), Francisco José Mendes (PSDB) e Professor Luiz (ainda no PSDB) mantém-se fieis aos seus próprios de defender o interesse do colegiado e votaram contra a regulamentação de três cargos na estrutura administrativa, cujo custo será de aproximadamente R$ 15 mil para a municipalidade. E-mail: gilbertobarsantos@bol.com.br, social@criticapontual.com.br, gilcriticapontual@gmail.com. www.criticapontual.com.br.