Olhar Crítico

 

Toxidade

Na próxima terça-feira, 08 de março, o dia é internacionalmente dedicado às mulheres e, neste sentido, é que começo meus aforismas dominicais perguntando aos meus leitores, por que as elas continuam sendo agredidas por homens, em sua maioria, que juraram amá-las, mas basta uma contrariedade, um não, para que o sarrafo, seja ele físico, psicológico seja acionado contra aquela que um dia chegou ouvir palavras de carinho e muitas vezes ditos, segundo os quais, estaria com a companheira debaixo da chuva, das nuvens, nas primaveras e demais verões e outros invernos. Vejam bem, a toxidade aqui não está atrelada a ideia de drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas, mas a uma maneira de existir tóxica definida como “machismo tóxico”.

 

Ocorrências

O fenômeno não é local, entretanto, seria interessante um trabalho científico analisando a quantidade de ocorrências policiais em que as mulheres são vítimas de seus maridos, namorados, noivos, companheiros. Pela quantidade de reportagens que lemos nos jornais, é possível compreender que a coisa cresceu assustadoramente durante esses dois anos de pandemia. Agora, quais seriam os motivos que levariam os homens a agredirem, mesmo que seja de forma verbal, suas companheiras de jornada sentimental? Será que os dados apresentados nos indicam que esteja faltando diálogo, ou ainda prevalece aquela ideia do machão todo poderoso e provedor da casa? O que manda e desmanda e não escuta, não abre diálogo com a esposa? Na contemporaneidade não há mais espaço para esse tipo de postura.

 

Chefes de família

Esse trabalho também poderá indicar outros dados, já apontados por exemplo pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), segundo os quais cresceu o número de lares gestados por mulheres. Se isso é fato, como é que há registros indicando o aumento de violência doméstica, tendo as mulheres como principais vítimas e depois os filhos, crianças e aí há, pelo que se tem até agora, um infanticídio sendo investigado pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Penápolis. Claro que cada um olha a partir do seu lugar de fala, isto é, de seu posicionamento na sociedade, entretanto, é preciso que todos compreendam que não é usando da violência que as querelas serão resolvidas. Outra questão importante é analisar quem está esticando a corda, isto é, indo além dos próprios limites e por quê? Por que alguém que afirma, no presente amar, no futuro espanca?

 

Economia

De acordo com matéria divulgada neste jornal, o total de famílias com contas atrasadas é o maior dos últimos 12 anos. Seria esse um dos fatores que levam os homens a violentarem suas esposas? Neste sentido, entendo que família é formada por pessoas que compartilham os mesmos desejos, portanto, devem planejar as metas a serem alcançadas e, desta forma, todos chegarem ao objetivo almejado. Não se pode desconsiderar que os tempos modernos se tornam cotidianamente complexos e com as mulheres conquistando cada vez mais seus espaços, o que é extremamente positivo, portanto, elas devem ser vistas como parceiras e não propriedades. Talvez seja aí que o machismo que já é tóxico por si só se torna ainda mais agressivo e desarticulares dos lares.

 

Reajustes

Desde a última terça-feira, 01, a água que abastece os lares penapolenses custa mais aos moradores. De acordo com matéria veiculada por este jornal, o atual gestor municipal autorizou reajuste de 10% nas tarifas de água e esgoto de Penápolis. É preciso ter claro que os percentuais foram definidos pelo Conselho Gestor do Daep (Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Penápolis), portanto, não tem nada de arbitrário no ato do prefeito. Sabe-se que o momento é crítico para a economia, entretanto, deve-se levar em conta diversos fatores, principalmente no que diz respeito à qualidade dos serviços prestados pela autarquia custeados, sobretudo, pelas tarifas que os usuários pagam. Que tal economizar no consumo, usando a água de forma racional e sobretudo com moderação? Minha singela interpelação, mas se não se desenvolver raciocínios e práticas preservativas, haverá um tempo que todos estaremos no sufoco, sem água potável para consumo básico.

 

Desenvolvimento

E já que os olhares, nada enviesados, caminham lá pelos lados do Paço Municipal, no transcorrer da semana que terminou ontem, o secretário municipal de desenvolvimento e trabalho, o empresário Fabio Ferracini, participou de uma live conduzida pelo diretor deste jornal, ocasião em que adiantou várias informações e encaminhamentos que sua pasta vem dando às querelas e demandas mais importantes para a cidade, principalmente no tocante a geração de empregos. Não vou reproduzir aqui tudo o que Fabinho disse na ocasião, pois seria um mera repetição, entretanto, creio que algumas coisas posso dizer, sem querer indicar limites ou ufanar qualquer ponto, mas achei significativo questões alusivas aos empreendimentos que serão inaugurados no transcorrer deste ano, principalmente no que diz respeito aos centros de distribuição de produtos, observando de forma positiva o fato de Penápolis ficar no entroncamento de duas importantes rodovias brasileiras que levam os seus usuários para os quatro cantos do Brasil.

 

Semântica

Neste sentido chamo a atenção para duas palavras que parecem ser semelhantes devido aos seus semas, todavia, são distintas na sua utilização: emprego e empregar. A primeira é um substantivo e todos querem emprego, mas como isso poderá ser equacionando, principalmente em se tratando dos jovens que se encontram na faixa etária dos 15 aos 20 anos? Creio que para responder essa interpelação é só atentarmos para a segunda palavra que deixa o campo substantival para o verbal principalmente na primeira terminação da conjugação “ar”. Em meu simples olhar tento entender o que um jovem pode empregar para conquistar o tão sonhado emprego e como muitos dizem, com carteira assinada? Estamos em plena era tecnológica com sucessivas transformações provocadas por diversos fatores, entre eles, a pandemia, então creio que haja a necessidade de termos aqui em Penápolis uma Incubadora Tecnológica que, nos dizeres do secretário municipal, está a caminho e, quem sabe, além de ser um polo de vedação, de distribuição de produtos e mercadorias, a cidade enfim não se torne também um importante local de geração e avanços tecnológicos em diversas áreas do saber humano. Aguardemos, sem ansiedade, pois esta é prejudicial à saúde. E-mail: gilcriticapontual@gmail.com, d.gilberto20@yahoo.com,   www.criticapontual.com.br.

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