Olhar Crítico

Homenagem

Começo meus olhares deste domingo agradecendo a homenagem que a Câmara Municipal de Penápolis outorgou ao meu filho Miguel Francisco Minotti dos Santos. Somos gratos pela honraria proposta pelo vereador José Antonio Ferres Chacon. A moção de congratulação 079/2019 diz respeito à conquista que Miguel alcançou no concurso de redação do evento “Science Day” promovido pela Uni Salesiano. O aluno, que estuda no 3.º ano do ensino médio do Colégio Futuro, ficou em primeiro lugar naquela competição e recebeu como prêmio uma viagem para conhecer as dependências da NASA nos EUA.

 

Observações

A família também é grata pelas palavras ditas pelos vereadores que, ao debaterem os seus projetos, requerimentos e inculcações sobre os problemas que afligem a coletividade penapolense, encontraram um espaço para exaltar o feito do Miguel que, diante das adversidades da vida e das dificuldades enfrentadas pelos pais para educá-lo, sempre foi obstinado pelo conhecimento e aplicado nos estudos, sem deixar de viver as coisas que são próprias da sua idade. Para não me alongar mais nessa temática, o mérito é todo do vencedor que já começa a dar os primeiros passos em direção à sua realização profissional, tendo a certeza que a educação ainda continua sendo o melhor investimento que uma família pode fazer a seus integrantes. Aprendi isso com a minha mãe: Geny Pereira dos Santos e o repassei ao meu filho e os demais sobrinhos.

 

Consciência

Saindo do campo da honraria outorgada ao meu filho e adentrando no universo populacional, chamo a atenção para as observações feitas pelos vereadores Roberto Delfino e Francisco José Mendes no que diz respeito às transformações das margens duma vicinal penapolense em depósito de lixo. O interessante é que a grita é geral contra tudo e todos, contudo, quando o cidadão precisa fazer a parte dele, me parece que há um esquecimento. Por exemplo, pelo que Delfino disse na tribuna, o Daep é sempre acionado e faz a limpeza da área, mas logo depois está tudo sujo novamente. Sendo assim, o que dizer? O que acontece ali se repete em várias paragens do orbe penapolense e a culpa sempre recai nas autoridades, nos governantes que não fazem a parte deles, mas aí o que faz o cidadão? Por que não realiza o que lhe cabe?

 

Atitudes

Parece-me que o mundo seria um lugar bem melhor de se morar se cada um dos habitantes fizesse um quantum para que a harmonia reinasse entre todos. Contudo, o que os meus olhares enxergam é totalmente o contrário. É uma lamentação geral, uma reclamação aqui e ali, porém, quando precisa fazer alguma coisa: “ah isso não é comigo, é com outro departamento que hoje não está funcionando” e assim caminha lamentavelmente a humanidade. Quando coisas acontecem desta forma em nosso cotidiano, não é possível vislumbrar dias melhores, por mais otimista que se seja.

 

Educação

Na última terça-feira, 15, o dia foi dedicado aos professores. Será que tínhamos alguma coisa para comemorar? A pergunta escuda-se no fato, entre outros tantos, de que no primeiro semestre espalhou-se pelas redes sociais muitas adjetivações aos educadores deste país: palavras de ordem que nos ofendiam, atribuindo a nós práticas inexistentes. Essas adjetivações seriam coisas da política? Se for isso, penso que a educação não deve ser tratada dessa forma. É preciso que pais e alunos se envolvam mais na vida escolar, com os responsáveis pelos estudantes sendo mais ativos na vida dos discentes, auxiliando-os em seus projetos de vida e não legar tudo às instituições educacionais. Em muitas situações, o docente precisa suspender o conteúdo para assistir estudantes com problemas emocionais em virtude de virem de lares disfuncionais; separar conflitos criados pelos discentes antes de ingressarem para as salas de aula. Feito isso, com grande esforço, terá que dar conta do conteúdo programático e muito cuidado nas palavras usadas, pois elas podem ser desvirtuadas objetivando prejudicá-lo. Ainda assim, esse educador continua firme em seu propósito de auxiliar o aluno a transformar informação em conhecimento.

 

Dança das cadeiras

Para não ser um tanto quanto digressivo, manter-me-ei no campo da política, principalmente a penapolense, onde as coisas parecem que caminham para que o PSDB aceite o atual prefeito como importante interlocutor para que o seu vice, Carlos Alberto Feltrin deixe o MDB e se filie ao tucanato local objetivando o pleito de 2020. Se isso de fato acontecer, creio que o seu opositor será Caíque Rossi (PSD) que já vem costurando sua candidatura a algum tempo. Mas será que os sociais-democratas de Penápolis aceitarão essa manobra feita pelo atual mandatário? Ele foi expulso do partido por traição durante a eleição do ano passado e a cidade ainda sente o gostinho do jiló que o governador manda de vez em quando para o município, fazendo com que os moradores se lembrem sempre do equívoco do mandatário em deixar-se levar pela emoção palanqueira e abraçar uma candidatura que foi derrotada.

 

Último baile

É interessante notar que Feltrin estava sendo ciceroneado pelo ex-prefeito e petista João Luís dos Santos, que tendia a arrastar a sua legenda para abraçar o seu ex-chefe de gabinete, no entanto, se o atual vice-prefeito está na mira do tucanato e, pelo que pude sentir, os peessedebistas não querem nem sentir a sombra do petismo por perto, como é que o PT ficará? Órfão de candidato ou mandará um filiado pleitear o cargo de prefeito na eleição para marcar posição?  Deixando o PT, PSDB e MDB com suas trativas, há uma pergunta que não quer se calar: como virão os Partidos Verde, PSL, Novo, PDT, PC do B – este aqui estava agendado para acontecer ontem uma reunião com o diretório e filiados penapolenses para decidir em qual barcaça eleitoral o grupo vai ingressar [é bom lembrar que a legenda lançou o professor-doutor Roberto Rillo Biscaro à candidato a deputado estadual na eleição de 2014]. Enfim, de qualquer forma, antes que essas agremiações se manifestem, ao que tudo indica a eleição do próximo ano em Penápolis será polarizada entre o pupilo do atual mandatário e o seu ex-pupilo e, em se confirmando, dá-lhe lavação de roupa suja até outubro de 2020.

 

Rusgas partidárias

Deixando a seara penapolense para o próximo domingo, concentrarei os últimos aforismas aos ventos que sopram da capital candango, onde o presidente Jair Messias Bolsonaro [até o momento em que eu escrevia essas más traçadas linhas – como dizia o poeta – estava filiado ao PSL] vive um inferno astral dentro da sua legenda. Uns dizem que é por conta de sua tentativa de emplacar um dos filhos como líder do partido na Câmara Federal, o que deu água. Não me deterei em demasia nesse assunto, pois os meus olhares dominicais são mais voltados para as coisas de Terra de Maria Chica, todavia, tudo o que acontecer na capital federal com o presidente terá consequências para Penápolis, já que até bem pouco tempo atrás, o atual prefeito, segundo informações extraoficiais, estava louquinho para se apossar do PSL local e assim ficar mais próximo do presidente. Sendo assim, fico com a interpelação “e agora José?”. E-mail: gildassociais@bol.com.br; gilcriticapontual@gmail.com. www.criticapontual.com.br.

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