Olhar Crítico

História

Começo os meus aforismas dominicais tratando de História – sempre lembrando que uma Nação que não cuida de suas memórias dificilmente conseguirá construir um futuro -, mais especificamente das narrativas europeias em torno da Peste Negra. De acordo com os enredos, essa pandemia – uma das maiores da humanidade – varreu perto de 700 milhões de pessoas na Eurásia. Os óbitos foram registrados entre 1346 e 1353 e causados pela bactéria Yersinia pestis transmitida aos seres humanos através das pulgas Xenopsylla cheopis dos ratos, de tonalidade escura, ou de outros roedores. Até ai nada demais, pois a pandêmica peste ficou lá no século XIV do medievo, todavia, aquilo que a teria provocado permanece no imaginário do povo, mas, talvez uma leitura do livro O grande massacre dos gatos – de Robert Dalton -, possa trazer novas luzes ao mundo moderno que, em determinados temas permanece acorrentado à Idade Média.

 

Visitantes

Deixando o mundo do medievo lá com as suas trevosas ideias sacramentadas por um clero que odiava ser questionado – daí a Inquisição -, para outro momento – quem sabe de simbiose entre as áreas de História, Biologia e Filosofia – e voltando para o presente, enfatizo que achei estranho, de acordo com uma fonte deste colunista, a presença de dois vereadores nas dependências da Corpe (Cooperativa de Recicladores de Penápolis). Parece-me que a estada, não objetivou fiscalizar e proteger os direitos dos cooperados, mas sim para tentar remover de lá umas duas dúzias de gatos que residem no prédio. Ao que tudo indica, todos são castrados e vacinados pela Vigilância Sanitária. Há quem diga que os roedores que disputavam os espaços com os felinos levaram a pior na peleja, virando refeição dos gatos. Se a pendenga foi vencida pelos animais domesticados, então porque os vitoriosos deveriam receber como prêmio, a remoção? Só para ajudar a pensar na resposta, os patos, gansos, marrecos e outros galináceos não lograram a mesma sorte e tiveram que deixar a lagoa para voltar num segundo momento. Neste momento, nem os patos e nem a lagoa eram a mesma, como dizia certo filósofo dialético pré-socrático.

 

Gatos e asfaltos

Bom! Estamos em pleno século XXI e creio não haver necessidade de kill the cats, como ocorreu naquele período medievalista, de acordo com a lenda, segundo a qual, os felinos seriam portadores de forças telúricas e por isso deveriam morrer. Então, deixem os gatos em paz e vamos a outros assuntos que devem chamar mais a atenção dos novos representantes do legislativo, e olha que há muito para se fiscalizar, principalmente agora em tempos de asfalto-pizza, como o que foi assentado no começo de uma das principais ruas centrais de Penápolis. A espessura foi significativa que ficou exposta após a primeira forte chuva que caiu sobre a cidade. Então vereadores, os reparos foram feitos, mas a pizza asfáltica continua e com as borda recheadas de trovoadas e relâmpagos, mas ai já não é com este que vos escreve meu caro leitor, e sim com os cidadãos-políticos com assentos em nossa Câmara Municipal.

 

Cooptação

E já que o assunto é política e vereadores, informações extraoficiais dão conta de que o atual prefeito escalou a sua tropa de choque no legislativo, para convencer os servidores públicos municipais a emplacarem um apaniguado do chefe do Executivo na presidência do sindicato dos funcionários da administração direta e indireta – leia-se Daep e Emurpe. Até ai nada demais, pois faz parte do cenário político e quem não tem estômago – como se diz no jargão popular – não se habilita a navegar por esses mares bravios – a não ser que seja um Ulisses que domou o desejo de abraçar a sereia dada a arrastar todas as embarcações para o fundo do Oceano, ou tenha uma grande feiticeira semelhante à Circe. O mais interessante é quem o prefeito quer ver como presidente do Sindiserv: ninguém mais do que o ex-vereador Jonas Chamarelli que, durante a campanha para sua reeleição para um assento na Câmara, usou a alcunha de Jonas do Banco do Povo. Só para lembrar os meus leitores, quando estava vereador, Jonas ficou enrolado com as diárias que os representantes do povo têm direito quando estavam a serviço da população. Meus caros leitores, durmamos com um barulho desses!

 

Posicionamento

E política tem dessas coisas, e aqueles que acompanham os seus pormenores tendem a não se espantar com os movimentos e comportamentos dos representantes do povo. Um exemplo do que meus olhares estão indicando pode ser encontrado no posicionamento dum que, de defensor do atual prefeito na gestão anterior passou a ser perscrutador dos passos que vem do paço municipal. Essa alteração de postura ocorreu num piscar de olhos, como se diz no jargão popular. Da defesa da base X altura, ou melhor, das esmeraldinas que continuam esverdeando a cabeça do cidadão, a inquiridor sobre a privatização do pronto-socorro, evidenciam interpelações deste que tenta, semanalmente, grafar mal traçadas linhas – quereria eu poder fazer versos como o ex-prefeito João Luís dos Santos ou as crônicas confeccionadas pelo meu amigo, o professor Geraldo Soares Malta [estou lendo seus enredos]. De qualquer forma, as interpelações e intervenções que o vereador faz têm lá suas pertinências, portanto, acompanhemos o desenrolar, mesmo que a Justiça local tenha negado liminar contra a OS, conforme o INTERIOR noticiou em sua edição da última sexta-feira.

 

Justiça

Se por um lado, a Justiça penapolense negou liminar contra a organização que administra o Pronto-socorro municipal, por outro, promete dar muita dor de cabeça ao atual mandatário e também ao seu antecessor na chefia do Executivo penapolense. De acordo com informações obtidas por este colunista, tramita na 1ª Vara do Fórum penapolense – juiz Marcelo Yukio Misaka – o processo de ação civil pública n.º 1010377 – 67.2017.8.26.0438 (tramitação prioritária), tendo como assunto “dano ao erário”. O que chama atenção é o valor da peleja: R$ 27.545.411,65 e diz respeito, se a memória não me falha ao universo do PSF (Programa Saúde da Família) em virtude da outra parte requerida. Ao que tudo indica, a questão está em seus passos iniciais, portanto, aguardemos o seu desenrolar, entretanto, todos são cônscios que gestores municipais, mesmo depois de deixarem seus postos, ainda se vêm enrolados com a Justiça. E-mail: gildassociais@bol.com.br, gilcriticapontual@gmail.com. www.criticapontual.com.br.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *