Mestrado
Começo meus olhares dominicais deste dia, dedicado ao trabalhador, saudando João Gabriel de Paula, o mais novo mestre em Literatura de Penápolis. Para quem não sabe, João Gabriel é filho do funcionário público da Biblioteca Municipal Daniel Oliveira de Paula – nas horas vagas gosta de escrever uns versinhos. João Gabriel é graduado em Letras pela UEM (Universidade Estadual de Maringá) onde também defendeu a sua dissertação de mestrado agora em abril com o título Dos costumes da comédia à Comédia de Costumes: Martins Pena e o Materialismo Lacaniano. Estou aguardando o meu exemplar, mas enquanto o texto não chega às minhas mãos, o professor de literatura já se prepara para dar sequência à sua vida acadêmica, partindo para o doutorado.
Educação
Por que dar destaque a essas pessoas que se dedicam ao universo da pesquisa, como este colunista o faz já há algum tempo? Porque, como dizia Rui Barbosa “um país se faz com homens e livros”, só podemos construir um futuro se investirmos muitos recursos no mundo científico e, quiçá àqueles que pensam de maneira diferente, isto é, que não se precisa gastar dinheiro com pesquisador como enfatizou recentemente o governador paulista. Sendo assim, atuar nesse campo é tarefa árdua e quem o faz, muitas vezes, opta pelo prazer em começar um trabalho e vê-lo concluído, do que esperar aplausos de uma patuleia amorfa e incauta, viciada em apanhar as benesses e as migalhas que caem do alto do trono, conforme Machado de Assis apontou em seu clássico romance Memórias póstumas de Brás Cubas. Leiam esse romance para entenderem as tais migalhas e seus significantes e significados!
“Desfaçatez”
E já que estou tratando, em minha opinião, do maior escritor da literatura brasileira – existem aqueles que optam por outro literato -, explico porque o título deste aforisma foi grafado entre aspas. O procedimento foi adotado por se tratar do nome de um artigo que o professor da UNESP – Araraquara, José Antônio Segatto – que fez parte da banca de defesa do meu mestrado na FCL [mesma unidade da Universidade Estadual Paulista], publicou na edição do dia 27 de abril do jornal O Estado de São Paulo e disponível no site http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,desfacatez,10000028233. O conteúdo diz respeito ao romance machadiano fazendo conexão com o momento em que o Brasil vive, associando-o ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e suas estripulias para que o seu grupo partidário se mantenha no poder. Achei significativas as colocações do Segatto, já que elas recuperam um pouco da recente história deste líder sebastianista e messiânico pós-moderno que adora bravatas e muito joguete de palavras para manter-se na crista da onda da política nacional. Desta forma, recomendo a leitura para quem quer saber um pouco mais sobre os tempos sombrios que o presente legará as gerações futuras do Brasil.
Desvinculação
Deslocando o eixo dos meus aforismas de Brasília – a capital candango – para Penápolis – Terra de Maria Chica, informações extraoficiais dão conta de que o ex-secretário de Esportes, Paulo Henrique Sanches, embora tenha se afastado das funções por conta da campanha eleitoral para vereador que pretende empreender visando o pleito em Outubro, não estaria exercendo a função para a qual é concursado, mas sim atuando como secretário de fato, quiçá informações dando conta de que quem ocupava a pasta interinamente era o secretário de Governo do atual prefeito. Segundo apurado por este colunista, Sanches que atuou durante muito tempo na secretaria do TG-02-027, deveria estar trabalhando como monitor esportivo e não dentro da Secretaria Municipal de Esportes. Como sempre afirmo não devo e nem vou acusar ninguém, bem como condenar quem quer que seja, mas entendo que o trabalho investigativo inicialmente deve ser feito pelos nobres vereadores.
Cancela
Aliás, destaco aqui um significativo trabalho que o vereador petista José Santino, “Zezinho Leiteiro”, realizou: conforme ele propalou pela rede de relacionamentos na internet, na noite da última quinta-feira [28] um veículo colidiu com a cancela que fica na Rua Giacomo Paro. Ela serve para travar o trânsito quanto as locomotivas passam. O vereador, inclusive disponibilizou fotos com o seguinte texto: “Na noite de ontem [quinta-feira], um veículo colidiu com a cancela da Rua Giacomo Paro, veja nas fotos, o estrago que ficou a cancela. Agora lhes pergunto, e se não tivesse esta cancela ali, se não tivesse funcionário, muitos acidentes hão de acontecer. Só as pinturas de solo não vão adiantar, ainda mais um grande X que muitos nem sabem qual o valor de sua regulamentação. Esperamos que o executivo reveja a tomada de decisão de retirar as cancelas, a fim de evitar mortes. Se realmente forem desocupadas as guaritas e não tiver mais cancelas, vamos recorrer ao ministério público e interceder junto a ALL, para que solucionem os problemas nas passagens da linha férrea. Fica a pergunta, qual o preço de uma vida?” Fica a reflexão, principalmente porque a Câmara tem um vereador que tem sua base eleitoral na cancela!
Daep
Conforme eu já tinha aventado aqui no final do ano passado que o engenheiro Edson Bilche Girotto, “Batata”, seria o novo diretor do Daep, contudo, na época, o atual prefeito rechaçou veementemente minhas informações que, posteriormente vieram se mostrar verídicas. E de fato, Batata assumiu o posto já ocupado por ele na gestão do ex-prefeito Firmino Ribeiro Sampaio (PSDB) – que hoje se dedica ao ramo educacional (Colégio Futuro). Depois do zum-zum não toquei mais no assunto, todavia, entendo que foi acertada a escolha dele para o cargo máximo naquela significativa autarquia penapolense. Muitos afirmaram que a escolha ocorreu por ser Girotto próximo do vereador Francisco José Mendes, o Tiquinho, combativo vereador e denunciante de várias irregularidades que podem ter sido praticadas no atual governo.
Arrefecimento
Pois bem! Quem imaginou que, com a ida de Girotto para o Daep, Tiquinho iria arrefecer as críticas a atual gestão, enganou-se, pois se crê que o que pode ter mudado foi o prefeito dialogar mais com o vereador, de acordo com o apurado por este colunista, analisa os fatos e apenas aponta as irregularidades quando a matéria pode ser colocada em prática pelo governo. Desta forma, Tiquinho é do PSDB, mas não vai alisar para os lados da administração municipal. Continuará sendo o mesmo de antes, pois se acredita vereador escolhido pelo povo e não cabresteado pelo seu partido. Claro que muitas coisas devem ser discutidas dentro da legenda, mas isso não significa anuência total do vereador aos ventos e minuanos que sopram dos lados do Executivo para o Legislativo local. E-mail: gilbertobarsantos@bol.com.br; gilcriticapontual@gmail.com; social@criticapontual.com.br. www.criticapontual.com.br.