Saúde
A Prefeitura de Penápolis foi notificada pelo Cisa (Consórcio Intermunicipal de Saúde) por conta de sua dívida junto ao órgão que congrega os munícipios da comarca. A peleja parece ser de difícil solução, entretanto, na última sexta-feira, 31 de agosto o prefeito local enviou à direção do Consórcio uma notificação extrajudicial, isto é, sem a intervenção da justiça – pelo menos eu compreendo desta forma -, na qual informa a retirada do município da estrutura que sustenta o Cisa.
Indignações
Na noite de sexta-feira era possível vir nas páginas de relacionamentos sociais muitas indignações dos vários penapolenses, principalmente no que diz respeito à saída de Penápolis do Cisa, indicando que a população novamente se sentia abandonada. A questão já vinha periclitando há algum tempo, inclusive com farpas trocadas entre o chefe do Executivo local e a presidente do Consórcio, a prefeita de Alto Alegre. Todavia, o que a problemática evidencia, segundo alguns internautas, é a de que haverá um novo serviço e este será prestado por alguma terceirizada, como no caso do Pronto-Socorro, porém, fica a dúvida quanto à qualidade do que será oferecido ao povo. Além disso, como ficará a vida dos servidores do Consórcio Intermunicipal de Saúde? E agora vereadores? E o Sindicato da categoria deve se posicionar rapidamente em prol dos funcionários?
Educação
Deixando o campo da saúde e enveredando por outro universo tão importante quanto ao que ilustra os dois aforismas acima: o mundo educacional que, ao que tudo indica, no Brasil não avança, patina e atola na própria inoperância governamental. De acordo com informações divulgadas por um jornal de circulação nacional, o Brasil ainda não conseguiu resolver questões envolvendo o ensino de Matemática e Língua Portuguesa na maioria dos estados da Federação. Mas o que acontece? Ou será que a pergunta seria outra: o que não acontece? De qualquer forma que a pergunta seja formulada, a resposta é uma só: consequência da falta de valorização da educação em seus vários aspectos.
Terceirização
Em primeiro lugar, a própria sociedade virou as costas para o mundo educacional e as escolas, principalmente as públicas acabaram se tornando mais um lugar em que os pais deixam seus rebentos enquanto trabalham, procuram empregos ou vão fazer qualquer coisa que os filhos acabam sendo impeditivos para tais realizações. Na semana que terminou ontem, algumas instituições públicas de ensino passaram por problemas que vem se agravando a cada ano que passa, sem que as autoridades pedagógicas possam equacionar as consequências. Sim… Consequências de um mundo em que os adultos negligenciaram ou terceirizaram a educação das crianças, principalmente no que diz respeito ao universo da moral e da ética. Desta forma, um indivíduo que cresce numa sociedade em que as regras existentes não valem para todos, não tem condições de se tornar um adulto responsável pelo seu futuro.
Descaso
Por outro lado, todos sabem que o descaso com o setor tem uma grande parcela associada à inoperância governamental que não investe na área, não tem política salarial e nem plano de carreira para o professor, desestimulando, e, em muito, a reformulação do quadro docente. Sendo assim, quando leio materiais como esse, logo de chofre me vem à cabeça: “mais do mesmo”! Tudo o que está sendo dito com base em dados estatísticos, quem vive o cotidiano escolar sabe de fio a pavio, como se diz no jargão popular. E ai como é que fica? Ou não fica? Bom! Tem-se muita discussão, projeto, entretanto, de efetivo, pouca coisa, já que as alterações propostas, a exemplo do que aconteceu com a escravidão, vem de cima para baixo. Sendo assim, as alterações são, como se diz no velho jargão: “para inglês ver”.
Prioridade
Já escrevi muito sobre isso, portanto, me parece que os meus leitores já estão enfadados com esse assunto, mesmo sabendo que a educação deveria ser prioridade numa Nação que almeja ter um futuro. Entretanto, creio que tudo pode ser diferente a partir do momento em que os pais realmente forem ativos na educação dos seus filhos, reduzindo a passividade que, sem perceber, está minando as possibilidades de seus rebentos construírem uma sociedade diferente desta que estão vivendo. Contudo, como fazer isso quando os responsáveis resolvem terceirizar o que deve ser função deles? Todos, de certa forma, têm um quantum significativo nessa resposta, no entanto, delegam para outrem a tarefa de consolidação das mudanças que precisam começar, sobretudo, pelos lares dos estudantes.
Master
E já que a temática é educação, aproveito os meus olhares dominicais para parabenizar a direção do Colégio Futuro/COC pela obtenção da outorga de Escola Master dentro do sistema de ensino COC. Essa plataforma pedagógica congrega em todo Brasil, 578 unidades escolares, das quais apenas 28 obtiveram a titulação e a de Penápolis ficou em 12.º. Se se for pensar no tempo em que a escola existe no município e quando adotou a bandeira COC, pode-se dizer que tem potencial para, em breve, chegar em 1.º lugar. E é justamente visando alcançar esse objetivo que a unidade escolar realiza hoje o segundo dia de seu Simulado COC-ENEM-2018.
Maratona
Hoje haverá a cerimônia de encerramento da 44ª edição da Maratona Cívico-Cultural promovida pela Loja Maçônica Estrela Noroeste do Brasil. O evento acontecerá no tempo da instituição e contará com a presença dos organizadores, dos estudantes inscritos na competição e dos respectivos diretores das escolas participantes. Acho importante a competição, cujo objetivo é, desde a sua criação, estimular ao estudo e o civismo – duas perspectivas importantes que auxiliarão na construção dum país diferente do que ai está. Portanto, é possível tirar esse espírito de competividade e substitui-lo pelo de colaboração. Por hoje é só pessoal, na semana que vem pretendo abordar algumas questões sobre as problemáticas vindas lá do Paço Municipal. E-mail: gildassociais@bol.com.br; gilcriticapontual@gmail.com. www.criticapontual.com.br.