Olhar Crítico

Literatura

Começo meus aforismas dominicais pedindo que as autoridades pedagógicas e educacionais da cidade olhem com mais acuidade a literariedade existente no interior das escolas instaladas no município e cidades da comarca, mais especificamente nas instituições públicas. No interior das várias unidades, é possível encontrar muitos alunos com uma grande verve literária, como por exemplo, a estudante Melissa Rubin Pinho, que frequenta o 1.º colegial da Escola Estadual Professora Joana Helena Marques.

 

Versos

Tive acesso a três poemas que a discente escreveu, dos quais disponibilizo aqui uns versos do poético Barco em alto mar, cuja integra pode ser conferido no meu site www.criticapontual.com.br. A autora autorizou a disponibilização do mesmo naquela página: “Barco em alto mar,/a correnteza a me levar/Quando ele virar/vou me afogar […]”. Há outros como Renascer, mas de qualquer forma, o mais importante é haver eventos em que esses talentos possam se expressar, como por exemplo, o funcionário da Biblioteca Municipal, Daniel Oliveira de Paula que nos brinda, através das páginas sociais na internet, com um pouco da sua performática poética.

 

Literariedade

De qualquer forma, seria interessante se a Delegacia de Ensino realizasse concursos literários entre os estudantes ou, quem sabe, garimpasse mais esses valores, inclusive com publicações, a exemplo do que fez certa vez a Biblioteca Municipal quando, lá nos idos de 2010, durante uma Semana Literária de Penápolis, chegou a editar um livro com os melhores versos. Lembro-me que na ocasião, sugeri que fosse expandido para a esfera do conto, todavia, ficou apenas na edição daquele livro e até hoje não sei direito porque o projeto foi abortado. Se a coisa fosse expandida, mais talentos seriam descobertos em Penápolis. Fica a dica, até porque o objetivo deste colunista é colocar em evidencia, quando possível, os adolescentes que gostam da escrita e tratam bem a língua materna.

 

Luto

Não posso deixar de enfatizar aqui o luto que a imprensa penapolense guardou na semana que se passou pelo falecimento do diretor-proprietário do jornal O Regional, Antonio Afonso Garcia, “Tinho”. Evidencio aqui que o conhecia desde a minha infância lá na Vila América. Depois me transferi para Araraquara, mais especificamente à UNESP para cursar Ciências Sociais. Tempos depois retornei a Penápolis e iniciei meus passos aqui no Jornal INTERIOR, vindo a trabalhar com ele. Sendo assim, envio aos familiares de Tinho meus sentimentos pelo seu passamento.

 

Maratonista

Deixando esse luto com os entes queridos dele, não sem deixar claro que os sogros de Tinho eram amigos de meus pais de longa data, e entrando em outra esfera, externo aqui meus parabéns ao maratonista penapolense, radicado em São Paulo, Solonei Silva pela vitória na Maratona Internacional de São Paulo. Sei bem o que é não encontrar respaldo na Terra Natal, na qual teria o maior prazer de representar. Todos sabem do histórico de lutas e conquistas deste pedestrianista que brigou com tudo e todos para estar onde está e, só se encontra nesse patamar, por conta de alguns abnegados que o auxiliaram que, ao contrário dos políticos, não querem pegar carona no sucesso deste significativo atleta que tem levado o nome do Brasil no mais alto do pódio do atletismo mundial.

 

Peleja

Claro que não é possível terminar a coluna deste domingo sem me enveredar pelo mundo da política palaciana. Ao que tudo indica, a peleja da semana foi um entrevero entre um sindicalista municipal ligado ao Partido dos Trabalhadores (PT), lotado no Daep (Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Penápolis) e o vice-prefeito, Carlos Alberto Feltrin (MDB). Segundo uma fonte deste colunista, a pendenga, que quase vira barraco em pleno Paço Municipal, foi por conta do reajuste salarial. Acredita-se que os servidores não têm aumento real e o prefeito e seus asseclas cantam em prosa e verso que a ampliação no vale alimentação, apelidado por muitos servidores de “vale mistura”. Essa ampliação não pode ser configurada como reajuste salarial dos funcionários. Pelo visto, esse segundo mandatado do arauto do tucanato penapolense promete ser um verdadeiro inferno astral, transformando sua gestão num calvário só e olhem, meus caros leitores, tem mais imbróglio com a Justiça vindo ai!

 

Folclore político

Essas historietas que, aos poucos vão entrando para o folclore político da cidade, me faz recordar a enunciação dos três porquinhos e suas casas. O primeiro a fez de palha e o lobo mau, soprou e a derrubou; o segundo edificou sua moradia a partir da madeira, mas está também veio ao solo por meio do sopro das leis e códigos e o terceiro, construiu sua residência com tijolos, dificultando que os ventos das mentiras palanqueiras a derrubassem. Entretanto, deixando o mundo dos contos de fadas para outro momento, e me atentando para o universo concreto da vida ativa na polis política e suas ágoras, conforme consta no site do Tribunal de Justiça, portanto, de livre acesso a qualquer cidadão que, invocando os preceitos constitucionais, se informam sobre os bastidores do mundo da administração pública, sem, no entanto, emitir juízo de valor, conforme prescreve o pensador alemão, Max Weber (1864-1920) a partir da ideia de neutralidade axiológica.

 

Plotagem

Num passado não muito remoto havia um zum-zum na cidade por conta de supostos problemas envolvendo a plotagem de veículos da prefeitura durante a primeira gestão do atual prefeito. Pois é! Conforme consta no site do TJ, esse zum-zum virou ação civil pública na Justiça para averiguar suposto enriquecimento ilícito. De acordo com dados do processo 1002057-91.2018.8.26.0438, o assunto faz alusão a dano ao erário público, sendo que está tramitando na 4.ª Vara do Fórum da Comarca de Penápolis, sob a responsabilidade do juiz de Direito, Heber Gualberto Mendonça. O valor da ação está estipulado em R$ 58.235,69. É interessante notar que o barulho de outrora se fez ação judicial no presente, todavia, como se encontra em fase inicial, não é possível tirar conclusões ou apontar sentenças, portanto, este colunista apenas faz uso do dispositivo constitucional, segundo o qual, todo brasileiro tem direito a informação e, em virtude disso, repassa o assunto aos seus leitores. Há ainda outro imbróglio no Tribunal de Justiça por conta de uma decisão colegiada, de cuja decisão, os advogados do prefeito apresentaram “embargos de declaração”. Voltarei a essa temática no momento oportuno. Por hoje é só. E-mail: gilcriticapontual@gmail.com, gildassociais@bol.com.br. www.criticapontual.com.br.

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