Olhar Crítico

Política

Não costumo fazer apostas, principalmente no campo da política com seus desdobramentos no âmbito partidário e com fortes inclinações hermenêuticas, mas acredito que hoje eu possa abrir uma exceção, todavia com grandes chances de perder a aposta, mas vamos lá. Não é de hoje que o presidente da Câmara, Rubens Bertolini – ainda Solidariedade – vem tendo problemas no interior de sua legenda, conforme apontei aqui diversas vezes. Não entrarei no âmbito da meritocracia, democracia ou coisa que o valha, mesmo porque nesse universo quem foi adversário ontem, hoje, por interesses seja lá de qual alçada for, defende a janela que apedrejou ontem e, me parece, que o partido a que o vereador está enfileirado pode se encontrar nesse ponto, porém, isso não é com esse colunista e sim com os homens que fazem a política ser o ninho podre que é e, para confirmar isso, é só perguntar a qualquer cidadão e este lhe informará o asco que tem do mundo da política e dos politiqueiros.

 

Vermelho

Bom! Para não ser muito digressivo, vou direto ao ponto: Rubinho Bertolini não tem mais clima para continuar no seu Solidariedade e deve abandonar aquela legenda que agora é toda Amém para os ventos que sopram lá dos lados do Paço Municipal – coisas da política palaciana no Brasil inteiro, portanto, não é característica peculiar da terra de Maria Chica. Pois bem! Se o presidente da Câmara não ficar na legenda e, com certeza, não irá perder o mandato e nem o posto principal no legislativo, pois há argumentos mais do que suficientes indicando a “perseguição” que sofre no próprio ninho, este deve migrar para outra casa partidária. E qual será esta, meu caro leitor? Parece-me que o assédio das legendas já começou e tudo leva a crer que Bertolini está dividido entre três agremiações: PSD, PV e PT com fortes tendências a ir parar nos braços dos vermelhos, ou estou equivocado? Como em política tudo pode acontecer, também é provável a permanência dele no Solidariedade e lutar para reconquistar seu lugar no alto do pódio do partido.

 

Panaceia

O título deste aforisma, em linhas gerais, é um substantivo feminino que significa remédio para todos os males. Na mitologia grega, dizia respeito à deusa da cura. Mais: Asclépio (ou Esculápio para os romanos), o filho de Apolo que se tornara deus da medicina, teve duas filhas a quem ensinou a sua arte: Hígia (de onde deriva higiene) e Panacéia. O nome desta última formou-se com a partícula compositiva pan (todo) e akos (remédio), em alusão ao fato de que Panaceia era capaz de curar todas as enfermidades. A tradição médica fez com que o nome de Panacea, sua irmã, seu pai e seu avô Apolo figurassem no juramento de Hipócrates, que ainda é formulado por alguns médicos no momento da sua graduação. Pois esse é o lado, vamos dizer, histórico-mitológico do termo que pode ser utilizado no mundo da política, e é possível vislumbrar isso aqui em Penápolis no governo que ai está, pois efusivamente apresenta-se como o salvador da lavoura, mas eu, de minha parte, prefiro ainda o emplastro criado por Brás Cubas, personagem principal do romance Memórias póstumas de Brás Cubas, composto no final do século XIX por Machado de Assis (1839-1908).

 

Imprensa

Já que estou apontando a política local, registro aqui uma questão muito cara para quem milita na imprensa local: como é difícil fabricar e vender notícia nesta cidade! Primeiro, é preciso compreender que o ato é uma ação produtiva e isso custa dinheiro que não cai do céu, portanto, esses valores devem vir de algum lugar, como por exemplo, de assinantes e anúncios. Conforme eu apontei no artigo publicado no site www.criticapontual.com.br, Penápolis tem 65 mil habitantes, contudo, a carteira dos jornais penapolenses que circulam na cidade não chega a ser 5% desse total. E isso fica evidente quando vai se vender assinaturas, anúncios e propagandas: o chororô é um só e todos precisam entender. Até ai nada de mais, contudo, a grita é geral pelos quatro cantos da cidade indicando a falta de imparcialidade na mídia local. Se isso é fato, caro leitor, como reverter esse quadro? Será que a problemática existe somente em Penápolis? No fundo todos sabem que o nosso país não é formado por leitores críticos e não adianta culpar os estudantes, pois a inexistência começa pelos pais que não leem, portanto, poucos críticos quanto ao atual quadro. Veja bem: reclamar é uma coisa e analisar friamente é completamente diferente.

 

Palestra

E na noite da última quinta-feira o professor-doutor Renato Ribeiro de Almeida ministrou uma palestra na sede da subseção da OAB de Penápolis com o tema Reforma Política. Por um duplo interesse no assunto: na condição de cientista social e cidadão com cidadania, lá estive.  Parece-me que eu era o único fora do campo do Direito, entretanto, pude observar que as colocações do douto docente ficaram mais na esfera normativa, conforme disse a ele no final de sua preleção. As explicações passadas pelo palestrante foram significativas, entretanto, me parece que a reforma política que o povo anseia antecede à sua normatividade, com problemáticas que são anteriores a letra fria da lei, conforme sinteticamente apresentei no último artigo que publiquei aqui neste espaço. Talvez a problemática política brasileira seja mais emblemática e ai as discussões dizem respeito aos cientistas sociais, cientistas políticos, sociólogos políticos e filósofos e é claro o pessoal da área jurídica. Nas escolas públicas, os alunos do ensino médio têm as disciplinas de Sociologia e Filosofia que são incumbidas de auxiliar na formação do cidadão e em instituições privada de ensino, como por exemplo, o Colégio Futuro/COC, os alunos do segundo ciclo do ensino fundamental já têm contato com as Ciências Sociais, de um modo mais geral.

 

Ciência

E já que me enveredei pelo campo educacional, não posso deixar de evidenciar o surgimento de um instituto privado – para ojeriza dos esquerdistas, ou quase isso, espalhados pelo Brasil – de pesquisa. De acordo com notícia veiculada por um jornal de circulação nacional, o órgão chamado de Serrapilheira financiará pesquisas no campo do tempo, forma e energia. O escopo é estimular os cientistas a formularem grandes interpelações. É preciso atentar-se para o fato de que os recursos somente serão liberados para aqueles pesquisadores que já tenham o título de Doutor que, ainda, os melhores são aferidos nas Universidades Públicas que sofrem ano a ano com o descaso das autoridades constituídas eleitoralmente.

 

Almoço

No próximo domingo, o pessoal da Igreja do Nazareno realiza o Festival do Nhoque. Os pratos, de Batata Inglesa ou Batata Doce, poderão ser retirados entre as 12h e 14h no tempo religioso, localizado na Avenida Marginal Maria Chica, 1695. Os convites, a R$ 20, podem ser adquiridos com os membros da igreja, ou pelo telefone (18) 99141-4233. Aquele que deixar para comprar em cima da hora, pode se dirigir ao templo e levar o seu marmitex. Por hoje é só pessoal, quem sabe na próxima semana vem novidades na seara política. E-mail:gilbertobarsantos@bol.com.br, gilcriticapontual@gmail.com, social@criticapontual.com.br. www.criticapontual.com.br.     

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *