Olhar Crítico

Homenagem

Não costumo tratar de futebol em meus aforismas dominicais publicados aqui e nem semanalmente às quintas-feiras, todavia, hoje estou abrindo uma exceção em virtude da homenagem que o time profissional – privado – de Penápolis recebeu duma equipe do interior do Pará. De acordo com reportagem publicada por este jornal, a equipe amadora é da cidade de Prainha (PA), decidiu nomear-se com as insígnias do time penapolense. Portanto, como meus leitores podem observar, Penápolis começa a ser reconhecida lá fora, não somente pela qualidade de sua água e de seu saneamento básico, agora aparece algumas coisas no âmbito futebolístico.

 

Poesia e pedagogia

Nem só de pedagogia vive o profissional que atual na área educacional do Brasil. Bom! Pelo menos é o que pode se observar aqui em Penápolis, já que o diretor da EE Joana Helena Castilho Marques, o filósofo Luiz Cláudio Tonchis gosta do jogo textual e seus léxicos, arriscando escrever uns versinhos aqui e outro ali. E de tanto rascunhar e rabiscar usando a prosódias e outras rimas, não é que o pedagogo já até publicou um livro contendo suas emanações poéticas. A obra tem como título Pontilhismo de solidão. Agora notícias que nos chegam dão conta de que o poeta está prestes a publicar o segundo livro versado com a sua prosa poética. Trata-se do livro Pedras no sapato que estará em breve no site Amazon e será publicado em formato e-book. Se o primeiro é muito bom, seus leitores aguardam essa segunda publicação para olharem a verve poética de Tonchis.

 

Enchente

Deixando o mundo poético da pedagogia para um outro momento, concentro-me no caos que os constantes transbordamentos que o córrego Maria Chica vem registrando. A culpa é de quem? Daquele candidato a vereador, cuja plataforma eleitoral, era azulejar o rio que divide a cidade ao meio? É preciso ter claro que, de um lado as margens do Maria Chica há o palácio, ou melhor, o Paço Municipal que, entra gestão e sai prefeito, as coisas continuam da mesma forma e, ao aproximar-se mais uma eleição municipal, a grita é a mesma. Quem está, berra que fez muita coisa e quem pretende entrar diz que terá capacidade de mudar a cidade: “só se for de lugar”, penso eu, pois a coisa continua como dantes. Alterações aqui e ali, mas o que de fato deve ser feito, como a municipalização do trânsito, entre outras coisas de significativa envergadura tudo não passa de palavrório para ludibriar eleitores, como o fiasco que se tornou o AME (Ambulatório Médico de Especialidades) que quase custou o CISA.

 

Permanências

E no âmbito da Câmara Municipal? Quem deve permanecer? Será que o vereador Rubens Bertolini (Solidariedade), que presidiu o legislativo no primeiro biênio desse atual mandato, tentará ficar mais 48 meses na vereança ou quererá se eleger prefeito de Penápolis? E olha que ele já governou a cidade nos primeiros meses do atual mandatário da paróquia local, quando o chefe do Executivo estava impedido de assumir o posto outorgado por 17 mil penapolenses, contudo havia esse impedimento na Justiça Eleitoral que ruiu por conta duns embargos infringentes que o réu entrou para voltar ao carto. Desta forma, é possível afirmar que o atual gestor administrou Penápolis escorado numa liminar.

 

Interpelação

“Isso pode?” Eis a interpelação, advinda dum programa esportivo de uma emissora em canal fechado que serve para o momento. Se a lei faculta tal ação, não tem que questionar, bastando acatar a decisão do magistrado ou do colegiado de juízes de instâncias superiores, todavia, o “cumpra-se” não outorga ao prefeito dizer que não governou escorado numa carta concedida pela Justiça Eleitoral. “Coisas de Brasil”, diriam os antigos e os mais atentos, afirmariam “coisas da política brasileira”. Esse tipo de monstruosidade político-jurídico só terá fim quando o eleitorado for, de fato e de direito, cidadão que compreende e usa corretamente os três direitos básicos que compõem a cidadania: direito civil; direito social; direito político. Não vou pormenorizar nenhum dessa trindade porque constantemente abordo-as aqui nas linhas que estampo aqui constantemente.

 

Incertezas

Será que Ivan Sammarco vai mesmo dependurar as chuteiras – como se diz no jargão popular – da política local? E a vereadora Ester Mioto Sezalpino também deixará a vida pública, após quatro anos de militância e muita briga com vários segmentos da sociedade local, com direito a vídeo de seu carro estacionado em local proibido, pois na calçada havia um hidrante? A sua maior peripécia, rendendo-lhe muita gozação, foi com os patos da lagoa da marginal Santa Leonor. De qualquer forma, independentemente de quem pretender disputar o “fico” por mais quatro anos, tudo indica que a bandeira demagógica para o pleito de 2020 será o AME e as enchentes do córrego Maria Chica. Qual prefeito e grupo de vereadores será capaz de deter os alagamentos que a cada chuva parece ser mais intensos?

 

Destino

E qual será o destino do atual mandatário? Ele que deixará a chefia do Executivo após ficar oito anos realizando seu sonho pessoal que era o de ser prefeito da cidade. Esvai-se esse tempo e agora? Voltará para os microfones de sua rádio? Incógnita ou não, uma coisa é certa: terá muita dor de cabeça para se defender dos diversos processos que tramitam contra si na Justiça penapolense e outros no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Sendo assim, fica-me uma questiunculazinha: por que tanto empenho em fazer Carlos Alberto Feltrin seu sucessor? Interessante notar que seu vice tem laços afetivos com Fátima Rahal, uma das assessoras do atual mandatário. “Coisas de política, diriam uns” e outros “que são meras coincidências”.

 

Jocosidade

Sei que aqui não é o local apropriado para abordar essa temática, mas diante de tal agressividade, abro espaço para traçar umas pequenas linhas sobre o episódio e deixar aqui o meu desagravo à fala do presidente da República quando, jocosamente aviltou a jornalista de um veículo de circulação nacional que noticiou em reportagem material sobre Fake News. Parece-me que a atitude do governante extrapolou a esfera da divergência ideológica e contrariedade à empresa que divulga materiais sobre a sua gestão, nem sempre ressaltando avanços em sua governabilidade. Pode-se ter divergências, mas jamais baixar o nível na peleja política. Reitero aqui a ideia, segundo a qual, essa é a minha singela opinião num mar vasto de discursos lá e cá, ou seja, debate entre “nós” e “eles”. Desejo a todos os meus leitores um excelente Carnaval. E-mail: gildassociais@bol.com.br; gilcriticapontual@gmail.com. www.criticapontual.com.br 

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