Olhar Crítico

Política

Nestes primeiros olhares deste último mês do ano, compartilho com meus leitores as consequências dum aforisma publicado aqui na semana passada, segundo o qual, o ex-prefeito e empresário do ramo educacional, Firmino Ribeiro Sampaio, poderia vir a ser o candidato a prefeito pelo PSDB como forma de apaziguar os ânimos internos da legenda. De fato, entendo ser esse o nome para colocar água na fervura e trazer o partido à serenidade, principalmente porque o atual mandatário – expulso do partido – faz ingerência para fazer com que o seu vice, migre do MDB para o ninho tucano e desta forma leve junto com ele uma parcela dos petistas capitaneada por significativa liderança do Partido dos Trabalhadores de Penápolis.

 

Rechaço

De acordo com uma fonte deste colunista, há um forte movimento dentro da legenda tucana rechaçando qualquer ligação, por mais ínfima que seja, com a turma do PT. Então a coisa fica complicada, pois ao tentar fazer com que Feltrin seja abençoado pelo PSDB, o atual chefe do Executivo, que, pretendeu ser num passado não muito remoto, o arauto do peessedebismo, pode provocar uma nova implosão da agremiação. Mas como diz o velho adagio, política é como nuvem, você olha está dum jeito, depois quando se espia novamente, já mudou tudo. Digo isso porque o próprio PSDB penapolense não tem um nome em condições de conseguir angariar unicidade e os votos necessários para voltar a administrar a cidade entre 2021-2024.

 

Trindade

Uma coisa é certa: as eleições municipais de 2020 será definida a partir dos ungidos pelos ex-prefeito Firmino Ribeiro Sampaio (PSDB); João Luís dos Santos (PT) e pelo atual gestor – sem partido – que quererá ser o protagonista da peleja eleitoral e estufar o peito e dizer que fez o seu sucessor, seguindo o exemplo dos ex-prefeito João D’Elia e Sinoel Batista. É interessante notar que, ainda não observei qual deles tenderá seu trebelhar político-ideológico pelas bandas do ex-presidente da Câmara, Caíque Rossi que tem ascendência sobre uma ala do petismo local. E os outros partidos? E os demais políticos? Será que vão aguardar para ver se o atual presidente da República consegue, a exemplo do que conquistou o arauto do PSD nacional, ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, registrar o seu partido de número 38 em tempo hábil para as eleições municipais de 2020?

 

Imaginário

Enquanto o partido não sai do papel e do imaginário do governante federal, as coisas por aqui, na parte de baixo do poder, continuam as mesmas, mais intensas ainda com as verborragias toscas propaladas pelos dois lados da peleja, como se a eleição presidencial do ano passado não tivesse terminado. Sendo assim, faço uma interpelação aos meus leitores dominicais? Por que o Brasil, cuja cidadania é pífia, se engalfinha desde os primórdios da República numa disputa que não alça o país a lugar nenhum? Logo nos primeiros anos de República, a disputa foi entre os marechais Deodoro da Fonseca e seu vice Floriano Peixoto e depois os grupos que quereriam eliminar a Política dos Governadores, culminando com o golpe de 1930 e uma longa ditadura varguista, que só terminou com o seu suicídio no dia 24 de agosto de 1954, e depois de 64, após um pequeno interregno de 10 anos, os coturnos tomaram conta do país e as consequências todos já sabem. Parece-me que há que se pensar com acuidade que país os brasileiros querem deixar para os seus descendentes.

 

Sem quadros

Retomando a peleja eleitoral local em 2020, será que aqui também haverá o registro de “nós” e “eles”? Espero que tenhamos pelo menos, mais dois postulantes, para o eleitorado que não concordará com as duas mercadorias-política que começam a ser aventadas, possa optar. Interessante notar que não há uma movimentação segura através da qual o penapolense possa, desde já dizer não ao candidato a e negar também o voto no postulante b. Mas se o cidadão começar a refletir, para encontrar um nome de consenso ou ainda uma tripla candidatura, com certeza, terá dificuldades em vislumbrar esses quadros. Na Câmara de Vereadores não consigo observar um nome que possa aglutinar forças em torno de sua candidatura. Até onde sei, o atual presidente do Legislativo, Ivan Sammarco (PPS) está mais propenso a aposentar o seu tabuleiro político do que tentar finalmente ser prefeito de Penápolis.

 

Pronto-socorro

Ao que tudo indica, as questões envolvendo a terceirização do Pronto-socorro de Penápolis tenderão a se arrastar por alguns meses, quem sabe, anos. Dizer o que? Também nessa peleja, a cidade se dividiu ao meio: sendo que de um lado, estavam aqueles que não acreditavam que o projeto decolaria e havia aqueles que – vociferam que os contrários torciam para o touro – acreditavam que a situação estava resolvida. Contudo, a coisa não foi equacionada e agora tudo se engatinha, como a problemática envolvendo a saída ou não do município do Cisa (Consórcio Intermunicipal de Saúde) e no final todos sabem quais foram os resultados.

 

Escombros

O que dizer do acidente ocorrido na semana passada na área central da cidade, quando uma marquise do shopping Penápolis desabou sobre uma mulher, levando-a a óbito? Fatalidade? Negligência humana? Não sei ao certo, pois é preciso aguardar os laudos periciais, sem os quais não é possível apontar o dedo, qualquer que seja a conclusão dos trabalhos técnicos. O certo é que na última semana só se falava nisso em todos os recônditos de Penápolis. Em alguns pontos se propalavam mais coisas e em outros, a o dito era mais ameno, contudo, o que se pode aferir é que aquele sábado foi muito triste para o povo penapolense.

 

Educação

Está-se encerrando mais um ano letivo, seja na rede pública de ensino ou nas escolas particulares. O momento é para que todos envolvidos na sistemática, iniciem seus processos reflexivos, observando o que deu certo e os equívocos, objetivando introduzir mudanças em determinados procedimentos pedagógicos. Sabe-se que muitos pais já estão apreensivos com o retorno para o ano que vem. Já ouvi, não uma, mas várias vezes, pais dizerem aos professores no final do ano letivo, o que iriam fazer com seus filhos em casa? Complicado, pois a criança fica na escola num breve interregno de tempo, sendo que a maior parte do seu dia existencial é com os familiares ou parentes próximos, avôs e tios. Quando escuto coisas desse tipo, pergunto-me “como esses alunos retornarão às salas de aula no próximo ano pedagógico?”. E-mail: gildassociais@bol.com.br. gilcriticapontual@gmail.com. www.criticapontual.com.br.

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