Olhar Crítico

Incentivo

Começo meus olhares dominicais parabenizando a direção, equipe gestora e professores da escola estadual Joana Helena de Castilho Marques pela criação do projeto que visa estimular o apreço dos estudantes pela literatura. O escopo do projeto culminou na criação do Clube da Leitura que já está em pleno funcionamento. Como dizia Rui Barbosa (1849-1923), um país é feito de homens e livros, entretanto, eu acrescento que não basta tê-los, mas é preciso lê-los e isso deve ser feito de diversas formas: a primeira delas é os alunos herdarem esse hábito dos pais. Na ausência deste e aí entre diversos fatores, as instituições de ensino podem inculcar nos estudantes tais práticas que devem ser levadas da escola para casa, através daquele processo em que consta o intercâmbio entre as socializações primária e a secundária.

 

Constituição

Outra iniciativa alvissareira, conforme nos explica o diretor daquela instituição, Luiz Cláudio Tonchis, é o projeto que objetiva estimular nos alunos os estudos da Constituição Brasileira (1988), aquela que o Ulisses Guimarães (1916-1992) designou como sendo a Constituição Cidadã. É importante ressaltar aqui as gerações vindouras, começando pelos atuais estudantes, precisam entender um quantum significativo de nossa Carta Magna, justamente para compreender que não existem apenas direitos, mas sobretudo deveres que, ao respeitá-los, tornar-se-ão cidadãos de fato e de direito.

 

Desvalorizado

Durante a minha jornada laborativa costumo instar meus alunos a compreenderem que a igualdade se encontra na lei e ela deve ser respeitada e, caso não seja, a desigualdade será enorme, como o Brasil, a décadas vem assistindo. Neste sentido, é possível questionar que, num país com forte viés escravagista, como pode-se pensar em igualdade quando o trabalho não é valorizado? Em que momento este país foi de fato liberal e capitalista? Que outras instituições de ensino, sejam elas públicas ou privadas, usem a escola Joana Helena como exemplo e crie projetos enfocando o aprendizado e debate sobre a Constituição Federal.

 

Enem

Já que estou tratando de educação, não posso deixar de enfatizar o projeto que a equipe gestora, docentes e administrativa da escola estadual Professor João Teixeira Sampaio realizará agora pelo segundo ano consecutivo, objetivando auxiliar os alunos que prestarão o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), Intitulada Semana do Enem as atividades pedagógicas de reforço nos conteúdos cobrados pelo exame que garante o acesso a todas as universidades públicas federais, como a UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) duas principais instituições de ensino superior no país totalmente gratuita ao estudante brasileiro. As aulas acontecerão entre os dias 29 de outubro e 5 de novembro nas dependências daquela escola. Embora seja uma realização de uma instituição pública de ensino médio, o evento está franqueado também ao vestibulando oriundo da escola particular.

 

Cultural

Ainda me mantendo dentro do circuito educacional, informo aos meus leitores dominicais que a direção e equipe pedagógica do Colégio Futuro convida a população em geral a participarem da 5.ª Feira de Artes que a escola realizará entre os dias 26 e 29 deste mês nas dependências do shopping center da cidade. Durante os quatro dias, quem passar por lá poderá ver exposições de objetos confeccionados pelos próprios estudantes durante as aulas de Arte, oficinas, músicas diversas, danças variadas, encenações teatrais e muita poesia. Os que prestigiaram edições anteriores sabem muito bem quão profícuas são as atividades. A escola também está com inscrições para o concurso de bolsas destinadas aos alunos que pretendem frequentar aquela instituição em 2019. As inscrições podem ser feitas no www.abre.ai/bolsasfuturo.

Cancela

Cancela o cancelamento das cancelas. Essa expressão bem que poderia dizer respeito a uma ode, poema ou algo parecido como num jogo textual e sonoro, mas não é! Ela diz respeito ao mais novo imbróglio que o atual prefeito se envolveu quando, do meu ponto de vista, arbitrariamente retirou as cancelas instaladas nas ruas que cruzam com a ferrovia. É interessante notar que os mesmos trilhos, que criaram condições para que Penápolis surgissem, hoje trazem dores de cabeça ao atual gestor. Ele foi obrigado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo a reinstalar os dispositivos de segurança, só que desta vez, eletrônicos. Confesso-te meu caro leitor: não entendo porque quando da eliminação dos tais obstáculos, o cidadão-prefeito não criou as condições para que isso acontecesse? Lembro-me que é possível colocar esses obstáculos acionados pelas próprias locomotivas. Como esse procedimento não foi adotado, fica mais um obstáculo para o próximo gestor ter que destravar.

 

Política

Deixando de lado as cancelas canceladas e determinadas suas reintegrações por ordem judicial e ingressando no campo da sucessão municipal do próximo ano, observo que, diante da possibilidade de termos uma candidatura do PSDB na cabeça de chapa e figurando como vice, um ex-petista, um integrante da cúpula tucana em Penápolis disse que isso não é possível, jamais haveria em Penápolis uma chapa em que os sociais-democratas encabeçassem tendo como vice um político que, durante muito tempo, foi vinculado ao PT. Desta forma, aqueles que pensam em uma parceria entre Caíque Rossi e o ex-petista Cledilvado Donzelli contando com o apoio do PSDB, pode ir tirando o cavalo da chuva, como se diz no jargão popular. Resta saber se o historiador e petista histórico não aceitará ser o parceiro de dança do atual vice-prefeito ciceroneado pelo chefe do Executivo do momento que ainda acalenta o desejo de inaugurar o AME em Penápolis.

 

Moral

Na condição de cientista social sempre pauto meus olhares por critérios racionais e, somente a partir daí, esboço alguns argumentos sobre a sociedade presente com grande potencial transformador no futuro, levando sempre em conta o seu pretérito. Neste sentido, estou analisando um excerto que retirei do livro A educação moral, do sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917). Ele diz que “aquilo que caracteriza a moral dessa e de outras sociedades é que se trata de uma moral essencialmente religiosa. Com isso, entendo [Émile Durkheim] que a maior parte dos deveres, e também aqueles mais importantes, não são os dos homens para com os homens, mas destes para com seus deuses” (Vozes, 2012, p. 22). Achei significativa essa observação, pois um certo Galileu disse que todos os seres humanos deveriam se amar como irmãos, mas por que será que isso ainda não acontece? Desejo um bom domingo a todos os meus leitores. E-mail: gildassociais@bol.com.br, gilcriticapontual@gmail.com. www.criticapontual.com.br.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *