Olhar Crítico

Novela

Com a proposta do governo estadual em transforma o AME (Ambulatório Médico de Especialidades) Cirúrgico em Clínico, ou seja, um ambulatório sem suas especificidades, a novela continua, até porque não tem nada definido, mesmo que o prefeito diga que está garantido – lembremos que outrora havia a mesma afirmação e deu no que deu, ou seja, nada, ou melhor, apenas a espera para 2020! E o que haverá no próximo ano? Eleições nos mais de cinco mil municípios brasileiros para a escolha dos novos prefeitos e vereadores – já tem ex-vereador aqui em Penápolis em plena campanha, é só observar os links que ele mantém nas redes sociais.

 

Política

No cenário político que se avizinha, existem aqueles que apostem que o AME só será liberado àquele que estiver sob o radar do governador João Doria (PSDB) e, todos sabem que esse não é o caso do atual mandatário de Penápolis. Portanto, pré-candidato que receber suas bênçãos para disputar-lhe a sucessão, pode começar a fazer o trabalho de formiguinha desde hoje, porque dificilmente terá os abraços fraternos da governança paulista. Olha o que dá ser afoito e ainda acreditar-se estar agindo politicamente em benefício da cidade. Além do imbróglio com a vinda-não vinda do AME está-se preparando para uma nova epidemia de dengue na cidade. Mas por que será que a cada ano que passa o quadro dantesco de descalabro no campo da saúde grassa a cidade? A interpelação não tem cunho escudado na pessoalidade, apenas uma busca objetivando compreender o momento de festanças dos mosquitos e pernilongos!

 

Incógnitas

Ainda no âmbito político, para as próximas eleições em Penápolis, o cenário é sombrio, sem quadros expressivos para disputar a chefia do Executivo local. Outro dia, ao ser interpelado se disputaria a prefeitura novamente, o presidente da Câmara Ivan Sammarco (PPS), evidenciou que deixará a vida pública, passando a cuidar apenas de seus interesses privados. Parece-me que a celeuma provocada com o atual prefeito por conta da eleição da mesa diretora, vencida por Sammarco, deixou marcas indeléveis no político do PPS. Sendo assim, até onde se sabe o vereador-Bioquímico não participará do pleito do próximo ano, nem como candidato a uma vaga na Câmara Municipal.

 

Dúvidas

Se Ivan não será candidato a prefeito, quem será o postulante? Será que o ex-vereador Zeca Monteiro (PT) aceitará a empreitada pelo seu partido, cuja imagem precisa ser reconstruída perante o eleitorado nacional e aqui em Penápolis não será diferente? Há outros que quererão colocar a sua imagem ao do atual presidente da República que, a cada dia que passa, se enrola ainda mais na sua governança ou ausência dela a base de recadinhos via redes sociais, empobrecendo ainda mais a combalida política nacional. Entretanto, estamos numa democracia e o cidadão foi eleito diretamente, resta saber se conseguirá sobreviver no cargo que exige do ocupante, personalidade política e não bravatas aqui e ali e ainda à moda de bilhetinhos como fazia o folclórico ex-presidente Jânio Quadros (1917-1992) que tinha até nome de cidade, mesmo estando ainda vivo.

 

Postulantes

Sem um nome no momento para começar a costurar as futuras alianças e com os partidos enfraquecidos, por conta duma série de dissabores, e outros tentando se reconstruir após as tempestades que caíram sobre essas legendas depois dos sucessivos escândalos de corrupção no plano nacional e em vários estados brasileiros. E essa questão acaba desaguando em Penápolis. Por exemplo, quem será o quadro do PSDB para a eleição do próximo ano? A legenda enfrentou problemas para agasalhar o atual prefeito em seus quadros e este acabou sendo expulso por infidelidade partidária, lançando o partido na obscuridade e sem vislumbrar algo significativo para 2020. Contudo, existe uma bolsa de apostas que indica que o nome da vez é o do ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal, Caíque Rossi que tem se mantido em silêncio nos últimos tempos.

 

Outros voos

Há outros balões de ensaio indicando que o vereador Rodolfo Valadão Ambrósio também tentará alçar voos maiores a partir de 2020. Será que ele vem para disputar a prefeitura com Caíque Rossi? Ou desejará ficar mais um mandato na Câmara, postulando a presidência do Legislativo pelo menos por um biênio e aí sim, em 2024, disputando a eleição majoritária? E o PSDB onde fica nessa peleja? Irá de Rodolfo, de Caíque ou ficará em cima do muro? Um olhar mais detalhado indica que aquele que tentar colar a sua imagem à do presidente da República poderá queimar cartuchos e não conseguir nada. Ao que tudo está apontando, a cartada é mesmo abraçar o tucanato paulista, já que o Estado será governado até 2022 pelo PSDB.

 

História

Uma equipe formada pelos alunos do ensino médio do Colégio Futuro participará da Olimpíada de História. É importante ressaltar que a escola já teve um discente que foi o melhor entre as escolas particulares da cidade na competição de Matemática. Esse time de agora está empenhado em ter uma ótima participação no evento de História e para tanto nomeou o grupo de estudos de Os Machadianos. Obtive informações, segundo as quais, os membros da equipe já estão percorrendo com mais acuidade as páginas que compõem o clássico universal Memórias póstumas de Brás Cubas. Sobre o escritor brasileiro Machado de Assis (1839-1908), prefiro me abster nos comentários porque sou fã desse literato e seus narradores enigmáticos, mas, por outro lado, desejo sorte aos estudantes que vão se enveredar pelas enunciações históricas que tanto tem marcado a vida humana na Terra.

 

Literatura

E acaba de sair a lista de romances que serão exigidos nas provas que a Fuvest organiza, visando selecionar os ingressantes nas faculdades que formam a USP (Universidade de São Paulo) com campi em algumas cidades do interior do Estado e na capital paulista: São Carlos; Bauru; Ribeirão Preto e Piracicaba. Eu destacado alguns deles, principalmente no âmbito da literatura brasileira: Quincas Borba – que muitos afirmaram no passado que não caia nos vestibulares [ledo engano, pois Machado de Assis é sempre atualíssimo]; o clássico Poemas escolhidos (Gregório de Matos; O cortiço (Aluísio Azevedo); Angústia (Graciliano Ramos), entre outros como A relíquia (Eça de Queirós) e Mayombe (Pepetela). Sempre que possível farei referências dessas obras e as outras que ainda faltam eu nomeá-las. E-mail: gildassociais@bol.com.br; gilcriticapontual@gmail.com. www.criticapontual.com.br.

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