Olhar Crítico

Educação

Começo meus olhares deste domingo no qual a seleção brasileira de futebol faz sua estreia na Copa da Rússia – com pouco interesse por parte dos brazucas – parabenizando o aluno do 7.º ano B da Escola Estadual Adelino Peters, Eduardo Antônio Silva. Quem conhece, ou ministra aulas para o estudante, sabe do apreço que ele tem para com o reino animal, mais especificamente pelo universo dos insetos. Pois é! Eduardo acaba de criar um site no qual pretende disponibilizar para os internautas materiais sobre essa temática. Esse é o endereço na rede mundial de computadores https://eduard-s-in-eduard-s.webnode.com/. Ao acessar, o internauta encontrará a inscrição insetário [entomóforo] e observará que o trabalho do adolescente está apenas no começo, mas, pela conversa que mantive com Eduardo, este me adiantou que pretende dinamizá-lo com fotos e outras informações sobre os mais diversos insetos que povoam a atmosfera brasileira. Desde já, desejo longa vida ao site do Eduardo.

 

Conhecimento

É interessante observar o grau de conhecimento que o aluno do Adelino Peters tem sobre o mundo dos insetos. Ele fala com propriedade deste universo, indicando que deverá seguir a carreira de biólogo ou algo parecido com especialização em insetos – creio que em tempos de doenças provocadas pelas picadas desses voadores haverá espaço para aqueles que os estudam. De qualquer forma, os meus parabéns ao Eduardo são estendidos aos seus pais que estão juntos com a escola no processo de formação educacional do filho. Portanto, o caminho é esse: informação, transformada em conhecimento por meio da escola, educação e princípios éticos e morais inculcados pelos responsáveis em suas casas, completam o processo de socialização em suas duas fases: primária – família – e secundária – instituições como a escola.

 

Saúde

Eu tinha uma série de perguntas para formular sobre o imbróglio entre a prefeitura de Penápolis e o Cisa, entretanto, ao que tudo indica, na manhã da última sexta-feira, os impasses e as pendengas entre as duas entidades jurídicas começaram ser resolvidas. Desta forma, será que a solução das questiúnculas invalida minhas interpelações? Vejamos: se as saídas foram encontradas, por que então o prefeito penapolense ter criado o Centro de Especialidades de Penápolis, sem haver, uma anuência da Câmara Municipal? Era situação emergencial? Pelas soluções encontradas, a problemática poderia ter sido resolvida bem antes, conforme a prefeita de Alto Alegre e presidente do Cisa, Helena Berto (PV), havia aventado aqui em reportagem no INTERIOR.

 

Envolvimento

Para compreender direito a peleja entre Penápolis – cujo prefeito já presidiu o Consórcio – e a direção do Cisa que suspendeu o atendimento aos penapolenses por conta duma dívida que a administração pública penapolense tem com o consórcio e os municípios consorciados. O chefe do Executivo local, alegando “emergência”, criou o Centro de Especialidades para atendimentos dos penapolenses? A presidência do Consórcio Intermunicipal de Saúde afirmou, via imprensa, que o gestor penapolense não comparecia as reuniões para equacionar a problemática. Este, por seu lado, alegava diversos problemas para não apresentar solução para a peleja? Quanto tempo demorou tudo isso, até que a solução fosse encontrada, principalmente com a presença da Câmara de Vereadores de Penápolis?

 

Sem diálogo

Sobraram adjetivações – me recuso a repeti-las em meus aforismas -, indicando que houve falta de diálogo político. Mais: o chefe do Executivo local bateu o pé dizendo que iria se apartar do Cisa, todavia, sem saldar os débitos, além de respeitar os prazos previstos nos regulamentos do consórcio. Estranho tal atitude, tendo em vista que o prefeito penapolense presidiu o Cisa e, caso quisesse abandoná-lo, deveria ter adotado tal procedimento naquela ocasião, inclusive apresentando a proposta da criação do Centro de Especialidades da cidade na proposta orçamentária do ano seguinte, até porque a criação do órgão geraria despesas, conforme determina a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) – meus leitores me corrijam se eu estiver errado, até porque não dou douto em leis.

 

Política

Para pensar essa problemática, recorro ao último livro de FHC, principalmente em seus instantes finais, quando o autor faz alusão ao objetivo, isto é, o escopo da Política. “Na minha visão, a política não é a arte do possível. É a arte de tornar o necessário possível” (CARDOSO, Fernando Henrique. Crise e reinvenção da política no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 238). Se o ex-presidente da República e sociólogo estiver correto e eu creio que sim, então faltou o principal na solução do problema, isto é, diálogo e os litigantes são cônscios dos equívocos cometidos, tendo em vista que desde o início a Câmara, presidida pelo vereador Rubens Bertolini (Solidariedade) poderia ter sido acionada para auxiliar na questão, mas se não o foi, por que isso teria ocorrido?

 

Interpelações

O prefeito penapolense cantou em proza e verso que já tinha contratado não sei quantos médicos para isso e para aquilo e que viria outros tantos para o Centro de Especialidades. E agora, como é que fica? E o Centro? Vai funcionar com o município tendo despesas duplas, justamente agora que ele alega e vocifera pelos quatro cantos da cidade não haver recursos financeiros suficientes por conta dos valores destinados ao pagamento dos precatórios?  Como interpelar ainda não é crime e não gera processos judiciais, as minhas inquietações, tornadas questionamentos, são semelhantes à de outros tantos penapolenses que, ao saberem da solução do problema, não entendeu tanta pressa para se criar o Centro de Especialidades, alegando que haveria economia da ordem de R$ 200 mil. Mais: se não havia recursos para quitar os débitos juntos ao Cisa, como haveria dinheiro para criar o Centro? Perguntas que a população está fazendo neste momento.

 

Ladainha

Só para encerrar essas questiúnculas em torno do universo da política local, outra coisa que ainda não entendi direito é o chororô que se escuta aqui e ali, principalmente das vozes advindas do Paço Municipal, entoando as dificuldades financeiras pelas quais a prefeitura está passando por conta, principalmente dos precatórios devidos aos servidores municipais. O atual prefeito, reeleito porque assim quis, foi vereador durante um tempão e deveria estar a par da situação econômica da prefeitura. Todavia, se encontra em seu segundo mandato e ainda entoa mantra indicando os esqueletos que estavam no armário e saíram somente em sua gestão. Voltarei a essa temática em outro momento. E-mail: gildassociais@bol.com.br, gilcriticapontual@gmail.com. www.criticapontual.com.br.

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